No convento, uma freira estava às portas da morte. Antes de entrar em agonia, pediu:
-Tragam-me a chave do Céu.
Sem perceberem o pedido, as religiosas, a começar pela madre Superiora, conversaram para saber onde entrar essa chave.
Umas diziam:
-Deve ser o seu livro de orações. Foi-lhe apresentado o livro já gasto pelo uso, mas ela disse que isso não era a chave que pretendia. Trouxeram-lhe uma imagem do Menino Jesus, de que gostava muito, mas também não era isso que ela queria.
Uma noviça lembrou-se então que essa religiosa tinha sido costureira. Correu à sala de lavores e apresentou-lhe o carrinho de linhas e a agulha. A agonizante sorriu e ainda conseguiu dizer baixinho:
-Essa é a minha chave do Céu. Era a chave do Céu, porque se santificou com o trabalho.
O trabalho é lugar de santidade, se feito com amor e competência.
Fonte:
Jornal Cavaleiro da Imaculada
Nº 994|janeiro de 2017