9 de dezembro de 2018 -2º Domingo do Advento – Ano C

Advento, tempo de conversão. É o apelo que a Igreja repete ao longo deste tempo litúrgico. Só convertidos, poderemos celebrar o Natal com verdade, com sinceridade, com amor.
No Evangelho de São Lucas, João Baptista ensina os homens do seu tempo a receberem o Messias. A Igreja serve-se das palavras e dos exemplos do Precursor para preparar a vinda do Senhor.
Esta vinda exige um caminho: a mudança de vida, a conversão.
«Preparai o caminho, endireitai as veredas, aplanai os obstáculos». Isto é, convida-nos à conversão, como condição para recebermos o Messias Salvador. As palavras de João Baptista continuam a ser no mundo um sinal forte de Deus a apontar-nos a responsabilidade de vivermos os tempos de Jesus Cristo. O Advento é pois uma chama a uma vida mais de acordo com a vontade salvadora de Deus.
Por isso, São Paulo, na segunda leitura, convida-nos a sermos firmes na fé e irrepreensíveis no modo de viver, para estarmos preparados para o dia definitivo, no fim dos tempos.
Fé que, quando plenamente assumida por nós pode constituir um desafio e uma ajuda para o mundo de hoje. Há pois que manter uma atitude de vigilância ativa e confiante: descobrindo a presença de Cristo nos acontecimentos que são sinais e devem ler-se à luz do Evangelho. Aproxima-se a salvação. Mas Deus não pode salvar os homens sem a sua colaboração, por isso espera que o homem lhe dê uma resposta pela fé e se volte para Ele pela conversão.
Hoje como ontem, a Palavra do Senhor quer operar no homem mudanças radicais.
Importa pois que descubramos continuamente o alcance de Jesus Cristo e do Evangelho que Ele deixou, para ser a nossa libertação e a nossa alegria. Desta alegria nos fala o profeta Baruc na primeira leitura. O profeta, depois de reconhecer que o exílio e o cativeiro do povo escolhido era fruto das faltas cometidas, lembra as promessas do Senhor Deus e manifesta a certeza de que elas se realizarão. A alegria e a esperança renascem naquele povo, porque a vinda do Senhor irá operar grandes transformações. O Senhor virá para destruir o mal e edificar o bem.
A história antiga do Povo de Deus repete-se ainda nos nossos dias. A esperança renasce no coração dos homens. É esta esperança que torna presente no nosso coração a festa do nascimento de Jesus Salvador. Por conseguinte a nossa esperança tem de ser ativa, dinâmica e criativa: que nos leve a uma renovação permanente. Somos um povo em marcha que fundamenta a sua esperança no amor de Deus, revelado em Jesus Cristo.
O verdadeiro crente sabe que Deus nunca o abandona, mesmo nos momentos mais difíceis. Por isso aguarda a vinda de Jesus com o coração cheio de alegria, porque sabe que só em Deus está a salvação. Deus continua a salvar, na história de hoje, na história de cada um de nós, por Jesus Cristo.

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