6 de julho de 2014 – 14º Domingo do Tempo Comum Ano A «Vinde a Mim todos vós que andais fatigados»

Escondestes estas verdades aos sábios
Um dos problemas mais graves do nosso tempo, na Igreja, é a contestação de alguns, que se autoproclamam «teólogos», ao magistério, sobretudo ao do Papa.
Na Encíclica Esplendor da Verdade João Paulo II refere-se a esse magistério paralelo, contraposto ao do Papa e dos bispos unidos a ele (nº4).
Jesus deixou aos apóstolos e seus sucessores a autoridade para ensinar em Seu nome. E deixou-a sobretudo a Pedro e aos seus sucessores, encarregando-os de confirmar na fé os seus irmãos (Lc 22,32) e de apascentar os Seus cordeiros e as Suas ovelhas (Jo 21, 15-17).
Os teólogos têm um papel importante no aprofundamento das verdades da fé, mas dentro da submissão plena aos ensinamentos do sucessor de Pedro.
Jesus diz no Evangelho: «Eu Te bendigo ó Pai… porque escondestes estas verdade aos sábios e aos inteligentes».
A fé exige humildade. Sem ela a alma fica na escuridão ou depressa cai no erro. Acreditar é fiar-se no que Deus ensinou e continua a ensinar pela Sua Igreja.
A fé é a humildade da inteligência diante dos mistérios de Deus, que ultrapassam a pequenez da nossa razão.
Entre orgulho, que afasta de Deus e conduz ao erro, não aparece apenas nos falsos teólogos. Está generalizado hoje no mundo.
As revelaste aos pequeninos
Deus revela-se aos pequeninos, aos que são humildes de coração. Dizia um sacerdote santo do nosso tempo, o beato Josemaria Escrivá que devíamos ter fé de meninos, sabedoria de teólogos e piedade de velhinhos.
Fé de meninos, que acreditam sem discussões naquilo que a mãe lhes diz… apesar de que a mãe pode enganar-se.
Deus não se engana nem pode enganar-nos. Temos de acreditar rendidamente o que nos ensina.
Vinde a Mim
O Senhor convida-nos a ir até Ele. A fazer da nossa oração um diálogo confiado. A falar-Lhe das nossas penas e alegrias. A descansar junto d’Ele, que é o Amigo de verdade e que pode dar solução a todos os nossos problemas.
Tanto stress, tanta agitação no nosso tempo, doenças, desemprego e fome, que se curavam com oração!
Jesus convida-nos a tomar o Seu jugo sobre nós, a fazer o que nos ensina, a cumprir o que nos manda.
O orgulho está na raiz de todas as rebeldias e de todos os pecados. E de todas as nossas infelicidades também.
Achamos que o Seu jugo é pesado e fugimos dele. Arranjamos outro muito mais pesado e que não tem a graça de o levar.
«Aprendei de Mim que Sou Manso e humilde de coração»
Jesus ensina-nos esta humildade de coração, que é tão importante para nós. E ensina-nos com o Seu exemplo.
Ele é rei mas um jumentinho foi o Seu trono, como anunciava o profeta (1ª Leitura).
Imitemos a Sua humildade. Fiemo-nos n’Ele sem discussões e sem rebeliões. Deixemo-nos guiar pelo Seu Espírito.
E encontraremos a paz, a alegria para as nossas almas.