4 de abril de 2015- Sábado Santo – Solene Vigília Pascal da Ressurreição do Senhor

Depois da cuidadosa preparação que foi para nós a Quaresma, vamos celebrar a ressurreição de Jesus, a Sua vitória sobre o pecado e a morte.

Nesta noite santíssima em que Jesus passou da morte para a vida, a Igreja convida os seus filhos para uma vigília de oração.

Começamos com a bênção do lume novo. Cristo é a luz que ilumina o mundo inteiro e a Sua ressurreição gloriosa é farol de luz para todos os homens.

Teremos, depois, a liturgia da palavra, com a meditação mais pausada da palavra de Deus, que enche a nossa alma da luz de Jesus.

Seguir-se-á, depois, a liturgia batismal. Pela água do batismo morremos com Cristo para o pecado e ressuscitamos com Ele para a vida nova da graça.

Finalmente, pela liturgia eucarística Jesus torna presente sobre o altar a Sua morte e ressurreição e alimenta-nos com a Sua carne e o Seu sangue, como Cordeiro da nova Páscoa.

 

Viu e acreditou

São muito expressivas as cerimónias da Vigília Pascal. Cristo ressuscitado é a Luz do Mundo. A Sua palavra ilumina e aquece os corações dos homens de todos os tempos. A Sua graça vem até nós pelo Batismo, que nos fez participar da Sua vida divina e pela Eucaristia, que O torna presente entre nós.

Vamos encher a nossa alma da Sua luz e da alegria pascal que nos trouxe. Avivemos a nossa fé. Abramos os olhos para O reconhecer.

O Apóstolo João foi ao sepulcro com Pedro, para comprovar o que as mulheres diziam «Viu e acreditou». O Senhor apareceu às mulheres naquela manhã de Páscoa, apareceu aos discípulos de Emaús na tarde daquele dia Apareceu à noite aos apóstolos no Cenáculo.

Ele está aqui, agora, no meio de nós como há dois mil anos. Está vivo e ressuscitado. A Páscoa é a festa da alegria. É a vitória de Jesus sobre a morte, sobre o pecado, sobre o demónio.

E é festa tão grande que a celebramos todas as semanas. Cada domingo é dia de Páscoa, é dia de Jesus ressuscitado. É o dia do Senhor, como exprime a palavra domingo. Que celebremos hoje com grande alegria a ressurreição de Jesus, com o desejo de a continuar em cada domingo pelo ano fora.

Nos tempos que vivemos o dia do Senhor é profanado por trabalhos indevidos. É profanado pelas faltas à missa por parte de tantos cristãos. Por muitos que se divertem à maneira dos pagãos ou que se encharcam de álcool nesse dia.

O domingo tem de ser para nós o dia de Jesus ressuscitado, que nos enche de esperança e de coragem para enfrentar os trabalhos e agruras da semana. Há-de ser dia de oração mais intensa: na missa bem vivida, na leitura meditada da palavra de Deus, no rosário na igreja ou em família.

Há-de ser dia de caridade, visitando os doentes, os idosos, os familiares. Dando mais atenção aos filhos ou aos pais.

Há-de ser dia de descanso, evitando os trabalhos pesados. Sem deixar que o desporto ocupe o lugar que pertence a Deus ou aos outros. A caça ou a pesca não podem dispensar da missa dominical e das outras obrigações deste dia

À pergunta «como santificar o domingo» responde o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica: «Os cristãos santificam o domingo e as festas de preceito participando na Eucaristia do Senhor e abstendo-se das atividades que o impedem de prestar culto a Deus e perturbam a alegria própria do dia do Senhor ou o devido descanso da mente ou do corpo.

São permitidas as atividades ligadas a necessidades familiares ou a serviços de grande utilidade social, desde que não criem hábitos prejudiciais à santificação do Domingo, à vida de família e à saúde.» (Compêndio, 453). Continua a ser obrigação grave ir à missa de cada domingo e dia santo de guarda.

Contava alguém dum jovem que não faltava à missa. Fernando estava já nos finais da Secundária. O pai disse-lhe: – como tiraste boas notas, comprei-te uma espingarda e no domingo podes ir à caça comigo, a ver se matas alguma perdiz ou alguma lebre.

Ficou muito contente, porque gostava muito de ser caçador. No domingo de manhã levantou-se cedo e disse:

– Pai, vou à missa num instante, porque à tarde já não há nenhuma e depois vamos para a caça.

– Deixa-te de beatices e vamos já embora. Deixa-te dessas tolices que te meteram na cabeça. Se não fores à igreja nem por isso deixarás de acertar nas perdizes.

O rapaz olhou para o pai e, com respeito mas também com valentia, disse-lhe: – Papá, se é tolice o terceiro mandamento da Lei de Deus, que manda santificar os domingos, também será uma tolice o quarto, que manda honrar pai e mãe.

Tinha razão.

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