5 de abril de 2015-Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor

Celebramos a festa das festas, a Ressurreição gloriosa de Jesus. Ele venceu a morte, venceu o pecado.

Está aqui, como há dois mil anos. E quer vir ao nosso coração purificado pela penitência quaresmal e pelo sacramento do perdão que deu à Sua Igreja precisamente em dia de Páscoa.

Se ressuscitastes com Cristo

Em cada domingo vamos carregar baterias, encher de combustível o depósito da nossa alma. Junto de Jesus ressuscitado, que ficou connosco pelos tempos fora, na Eucaristia, vamos encher-nos de energias para viver essa vida nova que nos trouxe pela Sua morte e ressurreição. «Se ressuscitastes com Cristo – lembra-nos o Apóstoloaspirai às coisas do alto, onde está Cristo sentado à direita de Deus» (2ª leit.).

Em cada domingo afinamos o rumo da nossa vida, para corrermos mais animosos em direção à meta que nos espera. Enchemo-nos de esperança e de coragem. Oferecemos os nossos trabalhos, as nossas penas e alegrias a Deus pelas mãos de Jesus.

Tocamos em Seu corpo, como os apóstolos, contemplamos as Suas chagas, reafirmamos a certeza de vencer com Ele o pecado e o demónio, nas tentações de cada dia, enchendo-nos da Sua força para levarmos uma vida de santidade.

Como aqueles cristãos do Norte de África que, na perseguição de Diocleciano, foram presos quando participavam na Eucaristia de domingo, também nós havemos de dizer: não podemos viver sem o domingo. Sem o dia do Senhor e, sobretudo, sem a Santa Missa, que é o centro de cada domingo, a nossa vida vai perdendo sentido e sabor.

Em alguns países o domingo é chamado o dia do sol. Os cristãos aproveitaram esse nome; porque Jesus é o verdadeiro sol que ilumina e aquece a nossa vida. O domingo é para nós o dia do Sol, que é Jesus Cristo ressuscitado.

O domingo é dia do descanso «Graças ao descanso dominical -lembra João Paulo II na carta apostólica o Dia do Senhor, que vale a pena ler ou reler – as preocupações e afazeres quotidianos podem reencontrar a sua justa dimensão: as coisas materiais, pelas quais nos afadigamos, dão lugar aos valores do espírito; as pessoas com quem vivemos, recuperam no encontro e diálogo mais tranquilo a sua verdadeira fisionomia: As próprias belezas da natureza -frequentemente malbaratadas por uma lógica de domínio, que se volta contra o homem – podem ser profundamente descobertas e apreciadas» (O dia do Senhor, 67).

Saibamos organizar os programas de domingo, evitando tudo o que pode afastar de Deus. Não deixando, por exemplo, que o desporto ocupe o primeiro lugar ou impeça de ir à missa, sobretudo aos mais novos. Os pais têm de estar atentos àqueles que por má fé ou por irreflexão ocupam com atividades desportivas as manhãs de domingo. E isto está a acontecer cada vez mais, por toda a parte.

Ide dizer aos Seus discípulos

No dia de Páscoa as mulheres que foram ao túmulo de manhã cedo receberam o encargo de anunciar a ressurreição do Senhor. Primeiro dos anjos, depois do próprio Jesus, que lhes apareceu no caminho.

Os discípulos de Emaús sentiram também a necessidade de virem comunicar aos amigos a aparição de Jesus, que, sentado à mesa, repetira o milagre da Última Ceia. Apesar de terem de fazer uma longa viagem pela noite dentro. Porque a sua alegria não cabia no seu coração.

Que bom se todos os cristãos sentissem a mesma alegria em cada missa e a necessidade de a transmitir aos seus amigos. Não ficariam tantos e tantos sem missa. Vamos nós abrir os olhos neste dia de Páscoa, vamos encher-nos de fé e de amor ao Senhor, para que a Sua alegria penetre em nossos corações e a possamos transmitir aos outros com entusiasmo.

A nova evangelização que a Igreja nos pede há -de ter este sentido pascal de fé, de alegria, de certeza da vitória de Cristo. O mundo, sobretudo este mundo ocidental, que pôs a sua segurança nas riquezas materiais, precisa do anúncio da verdadeira felicidade que só Cristo ressuscitado lhe pode trazer.

Temos de ser nós os cristãos com o nosso exemplo de fé e de alegria e a nossa palavra cheia de vibração a levar os que nos rodeiam ao encontro de Cristo ressuscitado.

A pequena Jacinta, já muito doente, ia à missa à igreja de Fátima, bastante distante: Um dia de semana disse-lhe a Lúcia: – Não vás, porque não podes e não é domingo.

E a pequenita respondeu: – Olha, vou por aqueles que nem ao domingo querem ir.

Saibamos oferecer sacrifícios e rezar por aqueles que não vão e não tenhamos vergonha de chamar os nossos amigos e os nossos familiares. Contamos com a força que nos vem de Cristo ressuscitado, que quer salvar todos os homens.

A Igreja felicita Maria neste tempo pela ressurreição de Seu Filho. Que Ela nos encha de alegria pascal para celebrar com mais fé e entusiasmo a Sua presença viva na Eucaristia.

 

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