29 de setembro de 2019 -26º Domingo do Tempo Comum – Ano C

A recompensa, após a morte, não é avaliada em função dos bens, da saúde e dos amigos que tivemos neste mundo, mas, além de muitas outras coisas, do bem que fizemos aos mais carenciados, do modo como soubemos ser misericordiosos com o nosso semelhante. Isto encontra-se bem claro na parábola do Evangelho deste Domingo.

1. Ó minha alma louva o Senhor!

Ó minha alma louva o Senhor! Assim pedimos há momentos, repetindo o refrão do Salmo intercalar. E nós louvaremos o Senhor no tempo e na eternidade, na medida em que neste mundo, onde por algum tempo nos encontramos, optarmos pelo Senhor, isto é, conforme aceitarmos estar com Ele. Como vimos já no último Domingo, não é possível servir a dois senhores, a Deus e ao dinheiro. Só estaremos verdadeiramente com Ele, na medida em que não nos prendermos às coisas deste mundo.
As leituras da Missa de hoje são mais um alerta para esse terrível engano, que é vivermos para as coisas da terra, em vez de nos voltarmos para o Senhor dessas mesmas coisas. Por isso o projeto de Amós, na 1ª Leitura proclama “Ai daqueles….”
Naquele tempo as pessoas julgavam que só quem possuísse bens, era abençoado por Deus. Jesus quer esclarecer estas falsas ideias.
Amós acaba por afirmar: “esses ricos partirão para o exílio”, o que de facto aconteceu, pois foram feitos prisioneiros e levados para a Babilónia.

2. Bem-aventurados os pobres em espírito.

Jesus, no Evangelho, com a parábola do pobre Lázaro, faz salientar mais uma vez a grande ilusão que é viver voltado para as coisas do mundo, o que leva Jesus a afirmar, noutra passagem do Evangelho, “que será mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no reino dos Céus”.
O Senhor não nos quer ver viver na miséria. Todas as coisas foram criadas por Ele para nós as usufruirmos. Mas… como é importante saber fazer bom uso delas! E tal só acontecerá na medida em que tivermos consciência de que tais bens são só d’Ele. A nós compete saber administrá-los, distribui-los pelos mais necessitados.

3. Importância da Palavra de Deus.

Para não cometermos tão desastrosos negócios, é importantíssimo sermos iluminados pela Palavra de Deus. Por isso, ao pedido que o rico faz, para que Abraão envie alguém avisar os seus irmãos, recomenda-lhes que escutem Moisés e os Profetas.
Vamos estar atentos à Palavra do Senhor. Vamos pautar por esta Palavra a nossa vida, para que, vivendo numa atitude de humildade, de desprendimento, saibamos sempre fazer bom uso dos bens deste mundo e assim bem libertos, podermos um dia chegar ao seio de Abraão, isto é, ao reino dos céus.

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