29 de julho de 2018 – 17º Domingo do Tempo Comum – Ano B

Se olharmos à nossa volta, se estivermos atentos ao que se vai descobrindo no mundo não podemos deixar de nos apercebermos de toda a riqueza que existe no mundo e de como ela pode servir ao homem.
Não é só a enorme beleza que existe na natureza, mas sobretudo em tudo o que o homem recebe, ou pode criar, com as riquezas que existem.
São as minas, a energia e a frescura da água, o calor do sol e o aproveitamento que dele se pode fazer, o alimento que a natureza nos dá e os imensos recursos que a técnica e a indústria podem aproveitar.
A riqueza da criação mostra bem a preocupação de Deus-Pai, criador, que quis como que garantir ao homem a vida, pela riqueza, pela abundância do que criou. É que Deus quer que o homem viva, que se desenvolva e cresça. Deus vivo cria um mundo de gente viva. E Deus tem um fim para todos nós, um fim cheio de generosidade que é a nossa salvação.
E essa salvação surge em atitudes muito concretas de pessoas que querem que as outras se salvem e sejam felizes.
Tanto no texto do Antigo Testamento como no Evangelho temos um gesto de partilha. Um homem dá vinte pães ao profeta Eliseu, um rapazinho, misturado na multidão dos que seguiam e escutavam Jesus, dá os seus cinco pães de cevada e os seus dois peixes.
E do dom de um e de outro, muita gente é alimentada. Eliseu alimenta centenas de pessoas. Jesus transforma a dádiva daquele rapaz num alimento para milhares de pessoas.
Esse acontecimento é hoje para nós um sinal.
É que, se olharmos à nossa volta, veremos muita gente a quem falta muita coisa. Falta trabalho, falta quem lhe faça um de companhia. E nem é preciso ir muito longe para se descobrir pessoas nessas situações. E que fazemos nós, como comunidade, como cristãos? Que partilha fazemos, com o que temos, com o nosso tempo, com os nossos bens, um pouco do que temos a mais um pouco do que nos faz falta?
Refletindo um pouco mais no Evangelho verificamos que a multidão vai ao encontro de Jesus porque pelos milagres se apercebe que algo pode mudar na sua vida – porque os coxos andam, os cegos vêm. Muitas mais mudanças poderia haver. Perante a multiplicação dos pães o entusiamo é tal que querem fazer rei a Jesus Cristo. E o Senhor retirou-se.
É que o plano de salvação de Deus, revelado em Jesus Cristo, realiza-se na mudança das pessoas, na libertação das pessoas de tudo o que as prende ao mal: o egoísmo, a inveja, o ódio, a rivalidade.
A Palavra de Deus alimenta-nos nesse caminho de conversão, de mudança de vida. E podemo-nos perguntar se, à semelhança das pessoas daquele tempo procuramos Jesus Cristo e escutamos a Sua Palavra.
Que importância damos na nossa vida à Palavra de Deus? Deixamos que o Evangelho transforme a nossa maneira de pensar, procurando viver na caridade e na unidade, como diz S. Paulo? Que importância damos à oração da manhã e da noite?
Que lugar damos na nossa vida à nossa fé? Lembremo-nos que Cristo é a nossa força, que nos ajuda no nosso caminhar presente, nas alegrias e nas dificuldades. Sejamos na nossa vida verdadeiros seguidores de Cristo.

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