25 de março de 2016 – Sexta-Feira Santa

A celebração da Paixão do Senhor convida-nos a penetrar o mistério da nossa salvação. Somos convidados à escuta da Palavra, a adoração da Cruz e à Sagrada Comunhão. Que o nosso coração de carne se envolva, acredite no amor de Deus e se comprometa.

Centralidade do Mistério de Cristo.

Toda a Escritura está centrada em Cristo. É Ele que a interpreta e a cumpre. É Ele que a realiza e no-la oferece para que tenhamos a vida em abundância.

A figura do Servo de Yhavé é um dos quadros mais maravilhosos plenamente realizado em Jesus Cristo, o Messias, que deu a vida por nós.

O Sentido da doação.

A paixão de Jesus Cristo é a sua doação total por nós. Não podemos ver a paixão e morte de Cristo como um acontecimento isolado, mas a síntese do que foi toda a sua vida: doação.

É acontecimento muito denso, síntese da sua vida, consequência do Seu projeto:

Revelação de uma nova imagem de Deus e do seu Reino. Jesus Cristo revela um Deus próximo, amigo dos pecadores, misericordioso, bom, que oferece a reconciliação, Pai. Foi um escândalo tal imagem e o que ela significava.

É também consequência da reivindicação do seu messianismo. Um messianismo de serviço, amor, vida, de entrega e não da força, da arrogância, do poder. Reivindica a Sua condição divina, Filho de Deus.

E é também consequência dos interesses e situações ameaçados. Jesus choca com a ambição, vontade de poder e de domínio, com o desejo de prestígio e do carreirismo, do fanatismo e da hipocrisia.

Resposta do discípulo

Ao longo da sua relação com os seus discípulos Cristo vai apelando ao não ter medo de dar a vida, de a colocar em risco por causa do Evangelho; a não ceder às pretensões da mesquinhez e do egoísmo; à descoberta da força renovadora dos que jogam a sua existência para que outros tenham a vida. Faz apelo à relação com Deus como relação pessoal de amor que se revela no saber dar-se e comprometer-se sem nada esperar em troca. Apelo a não temer a Cruz e a morte como caminho de vida e de libertação.

Este é hoje o apelo a cada um de nós. Deixarmos a vergonha, o medo e os respeitos humanos. A vivermos uma séria relação de amor com Deus, que passa pelo dar a vida na fidelidade à verdade, à Justiça, paz e de amor. A acreditarmos na única resposta: a santidade pessoal.

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