25 de dezembro – Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo

A liturgia da Palavra deste Dia de Natal recorda-nos o modo como Deus Se foi manifestando, progressivamente, aos homens. A incarnação de Jesus, o “Verbo” de Deus, foi a maior das revelações do Pai. Jesus é a luz que ilumina toda a nossa vida. N’Ele se reflecte a glória do Senhor.

Esta luz, todavia, não tem sido muito bem acolhida pelas forças do mal que no mundo existem: o egoísmo, a exploração, a opressão, a falta de amor, a injustiça, enfim, o nosso próprio pecado.

Deus manifesta-Se aos homens

O modo mais importante das pessoas se entenderem, para além de outros, é através de palavras. O autor da epístola aos Hebreus explica-nos que Deus se faz entender, dando-se a reconhecer e mostrando o seu amor aos homens através de muitos modos.

Fala através da criação: pelos fenómenos da natureza: o sol que nasce, a chuva que brota, o movimento harmonioso dos astros no firmamento e em todos os acontecimentos. Em tudo isto os homens entendem uma mensagem do Alto.

Mas esta forma de Deus comunicar com os homens é a menos perfeita. O povo de Israel, através dos profetas, teve a regalia de ouvir a voz do Senhor, que deu a conhecer a sua mensagem de uma forma mais clara. Continuava, porém, a ser incompleta tal maneira de Se revelar.

Então, Deus enviou o seu próprio Filho, a sua “Palavra”, o seu “Verbo”. Jesus é a revelação mais compreensível, evidente e efectiva da pessoa de Deus Pai.

Jesus Cristo, é a forma mais compreensível dessa Revelação

O Evangelho de hoje explica-nos o porquê.

Diz-nos S. João que o Filho de Deus, feito homem em Jesus, existia já antes que o mundo fosse criado. Ele chama ao Filho de Deus “Verbo”, que quer dizer “Palavra” e, como vimos, a palavra serve para participar alguma coisa aos outros. João ensina-nos que o Filho de Deus é a Palavra do Pai. Há dois mil anos, a palavra de Deus fez-Se carne, assumindo a nossa natureza. Fez-Se um como nós, falou a nossa língua, e assim pôde dizer-nos quem era o Pai, o que representamos nós para Ele e qual era o seu desígnio para a humanidade.

Para conhecer o Pai basta olhar para Cristo, observar o que Ele faz, o que diz, o que ensina, como se comporta, como ama, quem escolhe, com quem participa nas suas refeições, quem prefere, a quem corrige, a quem defende… porque é assim que o Pai faz. Diz-nos, sobretudo, o quanto Deus ama os homens e como gosta de ficar na nossa companhia. Salva-nos e não nos deseja castigar, porque é infinitamente misericordioso. Por isso, “o Verbo Se fez carne e veio habitar entre nós”, como luz para iluminar a escuridão em que nos achávamos. Esta luz, porém, não foi aceite serenamente no mundo. As forças do mal que existem em nós: egoísmo, exploração, opressão, injustiça, a que denominamos pecado, não a conseguem apagar. Ela continuará a iluminar-nos até à Páscoa definitiva que nos está já afiançada pela própria Páscoa de Cristo, sinal da grande alegria para toda a humanidade.

O novo Reino já começou com a vinda de Jesus

A libertação da Babilónia, de que nos fala o profeta Isaías na primeira leitura, era apenas uma imagem da libertação plena que Deus iria realizar no futuro e que estimularia uma alegria universal.

Mas, dirão: o Messias já veio e não conseguimos ver a consecução dessa profecia!

É certo que não vemos senão uma execução inacabada da libertação aguardada. Mas continuamos a crer, embora apenas consigamos apreender alguns sinais de salvação. Uma certeza nos guia: o novo reino já começou com a vinda de Jesus. Nós fomos escolhidos como vigilantes que perceberam esta vinda e a desejamos anunciar a todos os povos.

Saibamos inflamar em todos os que nos rodeiam esta manifestação de alegria que destrói as manifestações pagãs de uma troca desgovernada de presentes e fazem omitir a verdadeira alegria da vinda até nós do Messias de Deus, detentor da salvação para toda a humanidade.

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