24 de maio de 2020 – Solenidade da Ascensão do Senhor – Ano A

Celebramos hoje a Solenidade da Ascensão do Senhor. Jesus foi glorificado na sua santa Humanidade, entrando na glória do Céu. Jesus precede-nos no Reino glorioso do Pai, para que nós, seus discípulos, vivamos na esperança de virmos a participar também na sua glória.

É o Dia Mundial das Comunicações Sociais. O Senhor deu-nos este mandato: “Sereis minhas testemunhas até aos confins da terra” (Act 1,5). Os Meios de Comunicação Social têm, sem dúvida, uma importância fundamental neste testemunho cristão.

  1. Cristo é a nossa esperança.

“Conservemos firmemente a esperança que professamos, pois Aquele que fez a promessa é fiel” (Hebr. 10,23).

A esperança é uma virtude teologal infundida por Deus na nossa vontade, pela qual confiamos com plena certeza alcançar a vida eterna como nossa felicidade e ter os meios necessários para lá chegar, apoiados sempre, não em nossas forças, mas no auxílio omnipotente de Deus.

A Ascensão fortalece e aumenta a nossa esperança de alcançar o Céu e exorta-nos constantemente a levantar o coração para as coisas do alto, como nos convida o Prefácio da Missa. O Senhor disse-nos que iria preparar-nos um lugar (Cfr. Jo 14,2). Vivemos como cidadãos do Céu (Cfr. Filip 3,20), sendo plenamente cidadãos da terra, no meio das dificuldades e injustiças que abundam neste mundo, mas também no meio das alegrias e da serenidade que nos vem de sabermos que somos filhos muito amados de Deus.

Com a Ascensão termina a missão terrena de Cristo e começa a dos seus discípulos, a nossa; Jesus envia-nos como suas testemunhas ao mundo inteiro. Jesus sobe ao Céu mas fica muito perto de nós, de modo particular nos nossos Sacrários, nos Sacramentos e na Igreja que Ele fundou sobre a rocha que é Simão Pedro e os demais Apóstolos.

  1. O combate da salvação.

 “Em todas as circunstâncias, cada qual deve esperar, com a graça de Deus, permanecer firme até ao fim e alcançar a alegria do céu, como eterna recompensa de Deus pelas boas obras realizadas com a graça de Cristo” (Catec. Igr. Cat. nº 1821).

“Estamos conscientes de que temos paixões e debilidades; estamos dispostos a reconhecer humildemente as nossas misérias e a lutar com amor por vencê-las, com a graça de Deus…Acorramos a este combate, decididos a portar-nos cada dia um pouco melhor – um pouco menos mal – para avançar por caminhos de santidade” (Álvaro del Portillo).

“A esperança é a âncora da alma, inabalável e segura, que penetra (…) onde entrou Jesus como nosso precursor (Hebr. 6, 19-20). É também uma arma que nos protege no combate da salvação: revistamo-nos com a couraça da fé e da caridade e com o capacete da esperança da salvação (1 Tess 5,8) (Catec. Igr. Cat- nº 1820).

“Diligentes sem preguiça, fervorosos no espírito, servindo ao Senhor; alegres na esperança, pacientes na tribulação, perseverantes na oração; acudindo às necessidades dos irmãos; empenhando-nos em exercer a hospitalidade” (Cfr. Rom 12, 11-21).

“Vamos para diante se a nossa esperança se nutre de Deus e de Deus toma brios, ajudando-nos Ele a que refreemos toda a concupiscência. Lutemos: o nosso combate trava-se na presença de Quem nos olha e ajuda” (S. Josemaria).

Santa Maria, Virgem fiel, Mãe de misericórdia, vida, doçura, esperança nossa, ajudar-nos-á a levar a bom termo o nosso esforço por ser fiéis, nesta luta constante por cumprir a Vontade de Deus.

“O Deus da esperança nos encha plenamente de alegria e paz na nossa fé, a fim de que superabunde em nós a esperança, pela virtude do Espírito Santo” (Rom 15, 13).         

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