2 de junho de 2019 – Solenidade da Ascensão do Senhor

Celebramos hoje, em alegria e esperança, a Ascensão de Jesus ao Céu: terminada a Sua missão na terra, Jesus vai para junto do Pai.
Alegremo-nos, porque Jesus recebe de Deus a glorificação suprema – que tem início no dia da Ressurreição – participando em comunhão plena, da vida divina.

Procuremos refletir na Palavra de Deus de hoje, tão rica de sugestões que podem fortalecer a nossa fé, e orientar-nos nos caminhos da vida.
Não é possível alcançar o verdadeiro sentido da Ascensão do Senhor, se a não entendermos como parte do Mistério Pascal. Jesus ressuscitou, vencendo para sempre a morte. Ressuscitado, Ele vive uma vida nova e diferente, que quer partilhar com todos os homens – a vida divina, que se manifesta já nas várias aparições aos discípulos. Nesses momentos privilegiados, a natureza humana de Jesus torna-se visível apenas temporariamente, só enquanto é necessário, para que os discípulos O reconheçam; mas é a vida do Espírito que irrompe e surge em primeiro plano, dominando a natureza humana que logo se esconde, aos olhos dos Seus amigos. A Ascensão é o último momento do Mistério Pascal, aquele em que a vida divina de Jesus se revela total e definitivamente.
À vista dos discípulos – surpreendidos por não compreenderem ainda o que se passava – Jesus subiu, ascendeu ao Céu para se sentar à direita do Pai. Que significado poderão ter estas palavras do evangelista São Lucas, se para Deus não há «direita» nem «esquerda» porque Ele está acima de todas as realidades e experiências humanas?…
Ao subir ao Céu, Jesus ressuscitado entra na intimidade do Pai, para participar plenamente da mesma glória, também com a Sua natureza humana. Por isso, a Ascensão que hoje celebramos não é um acontecimento do passado, mas atinge cada um de nós. Ao levar até ao Pai a nossa natureza humana, frágil e imperfeita, Cristo comunica-lhe uma dignidade que está acima de todas as riquezas e honras humanas; dá a cada um a possibilidade de participar da vida divina, na mesma comunhão de Amor que O une eternamente ao Pai.
Desta certeza nascem a alegria e a esperança cristãs. Mas, por mais transbordante que seja essa alegria, por mais profunda que seja a nossa esperança não podemos ficar parados em atitude de permanente contemplação. É o próprio Senhor quem nos chama e nos convida à ação, ao dizer aos discípulos: «Sereis minhas testemunhas».
Jesus afastou-Se da presença dos homens, desapareceu a seus olhos, para nos deixar continuar a Sua ação salvadora, no mundo em que vivemos. É a cada cristão, membro de uma Igreja viva, que cabe agora a responsabilidade de tornar Jesus presente, de O revelar aos que O não conhecem. E não pensemos que essa responsabilidade cabe aos que têm mais tempo livre do que nós,… menos preocupações,… mais cultura, mais idade… Todos somos Igreja, tornados corpo de Cristo pelo Baptismo. Por isso, é com o pouco ou muito que recebemos, com a nossa maneira de estar no mundo, nos ambientes em que vivemos, que temos de dar testemunho.
Neste domingo da Ascensão do Senhor, escolhido para o Dia das Comunicações Sociais, vamos pedir ao Senhor por quantos têm a responsabilidade de informar, de apontar critérios e caminhos que influenciam a nossa vida, através da rádio, da televisão, da internet, dos jornais; mas não deixemos de refletir seriamente que também nós temos de colaborar pelos meios ao nosso alcance, na difusão da Verdade e do Bem.

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