2 de fevereiro – Festa da Apresentação do Senhor

A Igreja celebra hoje a festa da Apresentação do Senhor. Maria Santíssima ofereceu o Filho e submeteu-se ao rito da purificação como as outras mães. Conjugam-se perfeitamente, neste ato, a fé e a humildade de Maria. É também chamada a festa de Nossa Senhora das candeias ou candelária, por ser o dia da bênção das velas.

No culto que vamos prestar ao Filho e à Mãe, importa, sobretudo, o nosso desejo de ser também obedientes ao Pai.

Agrada a Deus o oferecimento do homem

O gesto de oferecer é agradável a Deus na medida em que:

  1. É ato de delicadeza do homem para com o seu Criador.
  2. É uma manifestação de amor que implica renúncia voluntária para agradar ao Senhor.
  3. É um ato de submissão do filho que humildemente reconhece o domínio de Deus sobre todas as criaturas.

Jesus Cristo quis ser oferecido no templo para nos ensinar, com a Sua humildade e obediência, a total disponibilidade para fazer a vontade do Pai.

Maria Santíssima obedeceu também, oferecendo o Filho a Deus, sabendo que era o próprio Deus. Mas fez mais: submeteu-Se ao rito da purificação não tendo nada que purificar.

Esta Mãe é exemplo, sobretudo, para as mães. Como seria belo que todas oferecessem os seus filhos a Deus, por exemplo, no dia do seu batismo.

«Uma espada Te há-de trespassar a alma…»

Maria foi prevenida por Simão: teria de sofrer, ao ver Jesus sofrer. Todas as mães devem contar com o sofrimento que está ligado ao comportamento dos filhos, sobretudo o que implica a educação dos mesmos. Se eles não são o que deviam ser, com fé e com esperança, coloquem-se ao lado deles, sendo melhores mães e imitando Maria Santíssima no caminho da cruz.

A Igreja admira a missão das mães. Em tempos, era costume logo que fosse possível, as parturientes trazerem os filhos à igreja, para receberem do sacerdote uma bênção apropriada.

Estas mães eram assim abençoadas em memória do que aconteceu com Maria de Nazaré, no dia da apresentação do Senhor.

Era uma forma de agradecer a Deus o parto bem sucedido. Hoje, cada mãe é convidada a oferecer a Deus, no dia do batismo, o fruto das suas entranhas.

«Não se afastava do templo»

Simão e Ana foram felizes porque foram ao templo onde encontraram Deus na pessoa de um bebé. Somos, como eles, convidados pelo mesmo Deus a ir ao templo. Nem sempre é fácil vencer o comodismo, a preguiça ou a má disposição, para não falar na indiferença religiosa. Foi o templo que Deus entrou dentro de nós pela primeira vez aquando do nosso batismo, e, muitas vezes quer operar maravilhas na nossa vida mas aguarda-nos no templo.

Não basta ir uma vez ou outra. Não sabemos qual o dia em que o Senhor se vai revelar. O que seria de Simão se não fossem ao templo naquele dia…

Foi tal a exultação que não queriam mais nada deste mundo a ponto de Simão dizer ao Senhor que já podia morrer. A morte santa é a partida em paz, na graça de Deus.

Depende do nosso esforço, do aproveitamento das graças atuais e de todos os dons de Deus.

«Começou a falar acerca do Menino a todos…»

A quem se revela o mesmo Menino encarrega de o tornar conhecido por todos.

É na qualidade de profetas e responsáveis na expansão do reino de Deus que devemos fazer o mesmo que Simão e Ana.

Deus quer ser conhecido através do nosso comportamento e também da nossa palavra. Quantos o conheceriam se fôssemos mais felizes e generosos.

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