Em vésperas de iniciarmos a Semana Santa, a Igreja convida-nos a celebrarmos hoje a Solenidade de S. José, Esposo da Virgem Maria, Pai adotivo e guarda fidelíssimo do próprio Filho de Deus. É exemplo a imitar por todos os pais e educadores. Por isso celebramos hoje também o dia do Pai.
Como Pai adotivo de Jesus, S. José, foi e é o grande Amigo de Deus, vivendo numa grande intimidade com Ele. Na humildade e simplicidade cumpriu sempre e alegremente a santíssima vontade do Senhor. Imitando-o nestas virtudes, os nossos pais contribuirão também para a alegria e bem-estar de suas famílias.
- Os planos de Deus são de Amor e de Alegria.
Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor. Assim afirmávamos há momentos com o Salmo intercalar das Leituras da Missa de hoje.
Foi para vivermos alegres no tempo e por toda a eternidade que o Senhor um dia nos chamou à vida. Disto não podemos duvidar: Ele é omnipotente e ama-nos com amor infinito. Se nós desejamos viver felizes, contentes, mais o deseja o Pai que tanto nos quer.
Mas, se assim é, porque será que há tanta gente a chorar, sentindo-se infeliz? A lógica da fé diz-nos que a culpa não pode estar em Deus. Os culpados são os homens.
Ele criou o homem livre e respeita essa liberdade até às últimas consequências. Assim há quem aceite seguir os Seus caminhos, sendo fiel ao Senhor, como o fez S. José, e outros que o não fazem por acreditarem mais noutros «deuses». Esta é a explicação dos sucessos e tragédias da Humanidade.
- S. José foi fidelíssimo no cumprimento dos planos de Deus.
Por vezes foram bem grandes as dificuldades que S. José encontrou no cumprimento da missão que Deus lhe confiou. O Evangelho de hoje refere-se a uma delas. Como a Abraão a sua fé também foi posta à prova. Graças à sua humildade, foi sempre fidelíssimo ao Senhor. Por isso lhe foi confiado o maior Tesouro, que o mesmo Deus possuía, merecendo chamar-se de verdade Pai adoptivo do próprio Filho de Deus, Esposo e Casto Defensor da Sempre Virgem Maria, Sustentáculo da Sagrada Família, Padroeiro da Igreja Universal, Sustentáculo das famílias e ainda Advogado da boa morte.
- Importância do Pai na vida de família
Para a consecução da alegria que todos desejamos, também Deus, nosso Pai, quis que cada um de nós nascesse numa família. Nela quis que, mediante a ternura e carinho dos pais, sentíssemos um pouco do Amor que Deus-Pai nos tem. O Pai é o principal condutor e responsável desta maravilhosa harmonia.
A Família sendo a mais antiga instituição criada por Deus é o grande património da Humanidade. Nela, além de experimentamos e crescemos no Amor, obtemos o indispensável para um crescimento equilibrado. A sua importância é bem realçada pela permanência de Jesus a viver em Família, com Maria e José durante cerca de 30 anos. Quis ainda iniciar a Sua vida pública participando numas Bodas matrimoniais em Caná da Galileia.
São conhecidos os atentados à Família na hora que passa: divórcios, uniões de facto, etc., etc., São afinal esses os caminhos geradores das tristezas, lágrimas, fracassos, dos verdadeiros retrocessos da Humanidade. Por algo de semelhante caiu o próprio Império romano. As Escolas e maternidades que se fecham, são sinais de grande decadência desta Europa que teima fugir dos caminhos amorosos do Senhor.
Quão urgente é as famílias voltarem-se para os valores vividos pela Sagrada Família a cujos destinos presidiu S. José! Viveram pobres, experimentaram as agruras do exílio e a incompreensão dos homens, mas viveram felizes.
Numa total fidelidade aos planos de Deus, S. José, com o fruto do seu trabalho procurou que não faltasse o indispensável para o sustento de Jesus e de Sua Mãe, Maria Santíssima.
Quando certo dia Jesus ficou em Jerusalém, sem que eles o soubessem, não descansou, enquanto O não encontrou.
A vida de oração, o espírito de trabalho, a humildade e atenção familiar, sempre numa total fidelidade ao Senhor, são valores que todas as famílias podem e devem imitar.
Que S. José interceda junto de Jesus por todos os pais e educadores da terra para que sejam sempre fieis aos planos de Deus e assim contribuam para que todo o agregado familiar possa experimentar as alegrias que só Deus a todos pode e quer dar. Este é o caminho certo para «cantarmos eternamente as misericórdias do Senhor».