15 de outubro de 2023 – 28º Domingo do Tempo Comum – Ano A

Falando aos sacerdotes e anciãos do povo de Israel, Jesus usava de parábolas, para assim se tornar mais acessível ao seu entendimento.

E assim lhes apresenta a parábola do banquete nupcial, em que um rei preparou um banquete para festejar e honrar o seu filho, enviando os criados a fazer os convites.

Impensadamente, os convidados ingratos, um a um, foram-se escusando, sob os mais variados e insignificantes pretextos.

Então o rei, ofendido, mandou que os seus criados fossem pelos caminhos fora e convidassem todos aqueles que encontrassem, sem distinção de fortuna ou de classe, pobres ou ricos, e assim encheu a sala do banquete, comentando que muitos foram chamados e poucos os escolhidos. Aludia assim Jesus ao povo judaico, «o povo do Senhor», o primeiro a ser doutrinado. Mas este «povo escolhido», nunca aceitou Jesus como o Messias prometido e ansiosamente esperado pelos séculos fora, o Filho de Deus feito Homem. Foram os primeiros enviados para o banquete de que nos fala o Evangelho.

Este festim e este rei, figuram a vinda de Jesus ao mundo, para resgatar a humanidade.

Anunciada foi essa vinda por João Baptista, o santo Precursor, que veio «preparar os caminhos do Senhor». Mas João Baptista é preso e mandado degolar pelo rei Herodes Antipas.

Jesus começa a Sua Vida pública; escolhe os seus apóstolos e fiéis companheiros, e começa pregando por toda a Palestina.

Assistiram à Sua Vida, dura e errante, de pregação, ouviram a Sua palavra inspirada, presenciaram os Seus extraordinários milagres, e nada comoveu aqueles duros corações!

Não O ouviram, não O acreditaram, não O aceitaram! E assim se chegou ao drama do Calvário e da afrontosa morte de Jesus na Cruz!

E parece que ainda hoje nos nossos dias, há alguns que continuam esperando a vinda do Messias! E nós? Nós que somos os convidados da segunda hora, nós que aceitamos o Senhor Jesus, que fazemos parte da Sua Igreja como cristãos militantes como correspondemos a tão grandes graças? Aonde a nossa humildade?

Consideramo-nos eleitos, filhos escolhidos, não estaremos confiantes demais na nossa salvação? Como temos respondido ao Senhor?

Afinal, enquanto tivermos um sopro de vida, continuamos a ser apenas convidados para o banquete. Quantas vezes nos deixamos distrair com os afazeres ou prazeres cá deste mundo? Não nos esquivamos, por vezes, aos convites que o Senhor nos faz? Também não temos tempo para Ele? Os afazeres da nossa vida doméstica e profissional, os compromissos sociais, as distrações, tudo isto nos absorve, enche os nossos dias, e muitas vezes não nos sobra tempo para uma pequena oração, uma visita ao Santíssimo, o terço que Nossa Senhora tanto pediu, às vezes, até para a missa, o primeiro dever de um cristão!

Façamos de vez em quando uma pausa e pensemos na nossa vida, em todos os apelos que o Senhor nos faz, no dia a dia.

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