15 de outubro de 2017 – 28º Domingo do Tempo Comum – Ano A

Deus concede a vida para ser passada com liberdade e responsabilidade. As actuações e ensinamentos de Jesus oferecem-nos os caminhos do verdadeiro sentido da existência e das opções.

1. Na antiguidade houve escolas cujos membros ambulantes viajavam vendendo seus ensinamentos. Observavam as mudanças da natureza e as sensações produzidas nas pessoas. Assim afirmavam que o homem pensante e suas faculdades são a medida de todas as coisas.
Hoje, a Palavra de Deus põe-nos um problema: qual é a verdadeira medida do homem?
Ele tem capacidades limitadas nas aspirações sem limites. O seu interior aspira a uma vida mais alta. A felicidade segundo esta primeira leitura não advém das riquezas, dos sucessos políticos, mas da Sabedoria que é um dom de Deus. Vemo-lo em Salomão.

2. A missão de Jesus, o Salvador dos homens e seu Redentor, foi preparada, teve um advento de séculos. O Verbo Incarnado foi a única pessoa pré-anunciada e mais ninguém, embora com destaque no mundo dos vivos, teve essa prerrogativa.
As figuras grandiosas do Antigo Testamento que serviam a Salvação na História, fizeram-no de forma imperfeita. Só Jesus a realizou de forma perfeita.
Vemos dúvidas e infidelidades em Moisés que lhe vetam a entrada na Terra Prometida.
Jesus é o «fiel de Deus» e o «Juízo de Deus na História».
Quantas vezes procedemos como Moisés e não como Jesus! Procuremos na Palavra de Deus, Cristo, a Sabedoria incarnada, o Homem verdadeiro, o «tipo» de Homem Novo capaz de construir uma sociedade autêntica em que os homens tenham a verdadeira sabedoria de viver.

3. Deus lança-nos um desafio: fomentarmos a coragem, em definitivo, de passarmos os dias com Ele.
Vivermos bem os tempos actuais com os olhos fixos nos tempos futuros, a felicidade eterna; os olhos postos nos momentos terrenos, apenas, estarão ao serviço das frustrações, longe do método de Cristo, a Cruz.
Cristo liga o tempo actual à vida futura e é a medida do «Homem verdadeiro». Testemunhar a actuação terrena de Jesus de Nazaré, pelo Seu método (Cruz), implica despreendimento das concupiscências – da carne, dos olhos e soberba da vida.
Deus convida. O Senhor não força, sugere, «se queres», põe-nos perante os olhos os mandamentos, caminho esperançoso para ter a vida eterna como prémio.

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