14 de janeiro de 2018 – 2º Domingo do Tempo Comum – Ano B

Este domingo chama-se o 2º Domingo do Tempo Comum. Isto quer dizer que depois de nos termos detido nas primeiras etapas marcantes da ida do Senhor, vamos segui-‘Lo nos diversos episódios da Sua ida pública.
Seguir Jesus, quer dizer, apostar a nossa vida sobre a nossa fé n’Ele, é o próprio coração da nossa vida cristã.
Somos uma assembleia daqueles e daquelas a quem o Senhor chamou para O seguirem. Esse chamamento veio até nós de diversas maneiras, pela Igreja, pela nossa família, pelo contato com outros cristãos.
Deus chama Samuel e chama-o por três vezes. Não lhe foi fácil distinguir a voz de Deus como, muitas vezes, para nós que vivemos mergulhados e absorvidos em muitas solicitações da vida, também o não é.
No entanto, tanto o pequeno Samuel como os Apóstolos, logo que ouviram e aceitaram o apelo do Senhor seguiram-No sem quaisquer reticências sem perda de tempo ou preocupação consigo próprios.
A resposta simples de Samuel e a atitude dos Apóstolos ensinam-nos a cultivar a disponibilidade diante de Deus e levam-nos a examinar se é esta, também, a nossa atitude habitual. Ouço eu o chamamento de Deus? Para que me chama Ele? Como Lhe expondo?
Poderá chamar-me a uma determinada profissão; poderá chamar-me à vocação à vida familiar através do sacramento do Matrimónio ou ainda, ao Seu serviço exclusivo como aconteceu com Samuel, André, João e Pedro. Porém, toda a vida do homem e do cristão, fruto do amor infinito de Deus, é uma «vocação» que abraça todos os períodos da nossa vida e lhe dá sentido em todos os momentos até mesmo no sofrimento, na doença ou na velhice. O Senhor não nos convida de uma vez para sempre a segui-Lho, a amá-Lo, a conformarmos a nossa vida com a Sua vontade. É através dos acontecimentos do dia-a-dia que precisamos de reconhecer o chamamento de Jesus para melhor O conhecer e melhor o amar. O importante é que cada um saiba repetir, com fé e convicção as vezes que forem precisas, sempre e em todas as circunstâncias da vida, as palavras de Samuel: «Fala, Senhor, que o teu sevo escuta!».