13 de março de 2016 – 5º Domingo da Quaresma Ano C

A Quaresma aproxima-se do fim. Já está bem próxima a Páscoa. E a Liturgia da Palavra deste 5º Domingo apresenta-nos a Páscoa como a grande libertação do pecado.

Como Jesus perdoou à mulher adúltera arrependida, também hoje Ele continua a perdoar quem d’Ele se aproxima no Sacramento da Reconciliação, oprimido não importa se com leves, se com pesadas culpas como as da pecadora do Evangelho.

Arrependidos, disponhamo-nos a celebrar tão santos mistérios da nossa redenção. Num instante de silêncio, tomemos consciência dos nossos pecados e peçamos a misericórdia do Senhor. (breve pausa) Confessemos que somos pecadores.

A Quaresma aproxima-se do fim. Está aí bem próxima a Páscoa. E a Liturgia da Palavra, deste quinto domingo apresenta-nos hoje a Páscoa como a grande libertação do pecado.

O pecado – e todos temos disso a triste experiência – acorrenta o homem, degrada-o, destroça-lhe o coração. E do pecado, só Cristo pode libertar-nos. Ele é o grande libertador. E foi morrendo da Cruz e ressuscitando dos mortos que Ele operou, de uma vez por todas, as libertação dos homens. Talvez nos ajude um pouco comparar a morte a um mar tremendamente revolto, que traga quantos nele caem.

A não ser que… a não ser que algum nadador-salvador seja capaz de entrar nesse mar revolto e vencê-lo, arrancando-lhe as suas vitimas. Cristo é o único Homem, capaz de entrar pelo mar da morte dentro, sem se deixar vencer pela sua fúria. E isto porque, sendo Homem, é também Deus. Por isso entra no mar da morte, sujeita-se ao seu furor, deixa-se trabalhar por ele – morre, e de que maneira! – mas, porque é Deus, vai vencer! E, ao vencer a morte – ressuscitando – arranca das garras da morte os homens que, no seu mergulho salvador encontra submersos. E dá-lhes – a todos e até ao fim dos tempos – a possibilidade de com Ele ressuscitarem também, ultrapassando assim a própria morte! É isto a Páscoa, a libertação.

Merecida assim, e de uma vez para sempre, por Cristo, a libertação de todos, ela tem que concretizar-se em cada homem, actualizando-se no seu «aqui» e «agora». Mais: este encontro com um Cristo libertador, terá de ser renovado, aprofundado, durante toda a vida, pois o homem, mesmo aquele cujo processo de salvação já se iniciou, continua sempre frágil, sempre atraído pelo abismo…

Mas esta fragilidade, esta instabilidade do homem não devem de modo algum, torná-lo vacilante, ou desconfiado: a força que o renova constantemente e o impele a avançar ao encontro da salvação, é a do Espírito do Senhor. E, Esse, tem a vitória garantida. É por isso, que o cristão não pode ser pessimista.

A primeira leitura – do profeta Isaías – palavra dirigida a Israel em tempo de crise e da derrota é garantia de que a libertação se aproxima: «não vos lembreis mais dos acontecimentos passados, não presteis atenção às coisas antigas. Olhai! Vou realizar uma coisa nova, que já começa a aparecer; não a vedes?… farei brotar água no deserto, rios na terra árida, para matar a sede ao meu povo escolhido».

São Paulo, na segunda leitura dá a razão desta esperança. Ela fundamenta-se precisamente no conhecimento de Cristo, na fé na força da Sua Ressurreição, que tudo transforma, todo renova. E o Apóstolo conclui: «só penso numa coisa: esquecendo o que fica para trás, lançar-me para a frente, continuar a correr para a meta, em vista do prémio a que Deus, lá no Alto, me chama em Cristo Jesus».

Este «esquecer o que fica para trás» este aderir a «algo de novo» que acontece na nossa vida, encontramo-lo perfeitamente dramatizado no episódio da mulher adúltera que o Evangelho hoje nos apresenta.

Aquela mulher era pecadora: havia sido apanhada em flagrante. Trazem-na a Jesus e acusam-na. Jesus não dá resposta. Insistem.

E o Senhor: «Aquele de vós que estiver sem pecado seja o primeiro atirar-lhe uma pedra».

É assim. Homens, todos pecadores, não podem acusar, não podem condenar os seus irmãos.

O passado pecador desta mulher ficou para trás: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?»

«Ninguém, Senhor». E agora, o perdão, a salvação, a Vida nova: «Nem Eu não te condeno. Vai, e doravante não tornes a pecar».

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