13 de julho de 2021 –terça-feira da 15ª Semana do Tempo Comum- Aí das cidades impenitentes!

A CONVERSÃO, LEI DE CRESCIMENTO

 

  1. Porque não se tinham convertido. Concluído o discurso missionário de Jesus, começa no evangelho de Mateus uma seção narrativa em que vão adquirindo relevo a incredulidade e a rejeição de Jesus por parte dos chefes do povo judeu.

O texto evangélico de hoje é uma recriminação de Cristo a três prósperas cidades: Corazim, Betsaida e Cafarnaum. Corazim, a três quilómetros a  nordeste de Cafarnaum, não é mencionada nos evangelhos senão nesta passagem de Mateus e na paralela de Lucas. Betsaida era a pequena cidade dos apóstolos Filipe, Pedro e seu irmão André. Cafarnaum era “a cidade de Jesus”, aonde ele regressava depois das suas incursões apostólicas. Nestas três cidades fizera Cristo a maioria dos seus milagres; mas não se tinham convertido. “Ai de ti, Corazim; ai de ti, Betsaida! Se em Tiro e em Sidónia se tivessem realizado os milagres que em vós foram feitos, há muito se teriam convertido, vestindo-se de cilício e cobrindo-se de cinza”. Se Jesus cita Tiro e Sidónia,, cidades costeiras da Fenícia, talvez seja mais pela sua proximidade da Galileia que pela sua maldade. Mas é para Cafarnaum, sua cidade favorita, que reserva a recriminação mais dura ao compará-la com Sodoma que, juntamente com Gomorra, era o protótipo bíblico de descrença e imoralidade.

Esta condenação das cidades ribeirinhas do lago, cujo julgamento e destino vão ser piores que o das cidades pagãs pecadoras, poderia ser o balanço negativo que Cristo faz da sua missão na Galileia. Se é certo que conseguiu alguns discípulos, a grande massa, que se sentia atraída pelos seus milagres, não respondeu à sua mensagem do Reino com a conversão que era de esperar. A boa nova encontrará mais eco nos países pagãos. Assim, o texto evangélico de hoje aponta para a exclusão do povo israelita; e também de quantos, sentindo-se interpelados por Deus, não atendem a sua chamada.

 

  1. Conversão aos valores do Reino. Os milagres de Cristo eram o expoente, a prova e o sinal da presença de Deus e da ação do seu Espírito na pessoa de Jesus, assim como sinais do Reino e da salvação de Deus que convidam à conversão, retrocedendo no caminho extraviado, mediante o regresso à casa Paterna. Por isso a falta de resposta de conversão à mensagem e milagres de Jesus por parte das cidades impenitentes significava rejeição de Deus e do seu Reino.

O reinado de Deus em nós começa também pela nossa conversão aos valores do Reino que são os do ser: santidade, verdade, justiça, amor e paz, frente aos do ter: dinheiro, poder, soberba, domínio e influência. No interior da pessoa é que há-de germinar a semente do Reino, porque do coração humano brota tudo o que é bom e mau que vemos no mundo, como avisou Cristo.

Só convertendo-nos aos valores do Reino abandonaremos os critérios do mundo e do homem terreno, assimilando as atitudes básicas propostas pelas bem-aventuranças de Jesus: pobreza, fome e sede de fidelidade, fraternidade, solidariedade, não violência, reconciliação, perdão  e amor ao irmão, inclusivamente ao inimigo.

 

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