12 de outubro de 2014 – 28º Domingo do Tempo Comum – Ano A

No Evangelho Jesus fala-nos do banquete do Céu para o qual são convidados todos os homens. A Eucaristia que celebramos é figura desse banquete. Dissemos sim ao convite que o Senhor nos fez. Enchamo-nos de alegria por estarmos na Sua casa e à Sua mesa.

Preparou um banquete

O Ano da Eucaristia proclamado por João Paulo II. Foi para todos os católicos oportunidade para voltar mais os olhos para este mistério maravilhoso da fé cristã e para aprofundar no conhecimento e no amor a Jesus na Eucaristia.

Nela torna presente todos dias o Sacrifício da Cruz, em que nos conquistou todas as graças. Por isso a Santa Missa é a fonte e o cume da vida cristã. Dela tudo irradia e para ela tudo se encaminha. Toda a nossa vida há-de ser oferecida ao Pai pelas mãos de Jesus no altar. Só assim tem valor todo o nosso viver.

Mas a Eucaristia é também um banquete de felicidade, figurando o que Deus preparou para nós no céu. Disso nos fala a primeira leitura e o Evangelho.

Em cada missa Deus prepara o banquete de Seu Filho. Manda os Seus criados a convidar toda a gente, bons e maus, sem distinção. Muitos desculpam-se e não querem vir. Até chegam a tratar mal os enviados do grande Rei.

Não nos admiremos de que isto continue a acontecer. São as desculpas dos negócios, dos trabalhos e dos prazeres terrenos, Muitos arriscam a sua felicidade neste mundo e no outro por causa de bolas de sabão, que rapidamente se desfazem.

Agradeçamos ao Senhor ter-nos convidado, ter-nos feito apreciar a maravilha da Eucaristia, em que somos convivas de Deus. Podemos sentar-nos à Sua mesa, comer das iguarias que prepara para nós. Alimenta-nos da Sua palavra, que dá sentido à nossa vida. Alimenta-nos com o Pão do Céu, que é o Corpo e Sangue de Cristo, tornado presente sobre o altar.

Em cada missa avivemos a nossa fé e a nossa gratidão ao Senhor. Que tenhamos esse enlevo eucarístico que João Paulo II desejava para todos os cristãos: «Há no evento pascal e na Eucaristia que o actualiza ao longo dos séculos, uma capacidade realmente imensa, na qual está contida a história inteira, enquanto destinatária da graça da redenção. Este enlevo deve invadir sempre a assembleia eclesial reunida para a celebração eucarística… É este enlevo eucarístico que desejo despertar com esta carta encíclica… Contemplar o rosto de Cristo e contemplá-Lo com Maria é o programa que propus à Igreja na aurora do terceiro milénio, convidando-a a fazer-se ao largo no mar da história». (Cf. A Igreja vive da Eucaristia, 5 e 6).

Traje nupcial

O Rei entra na sala do banquete – diz o evangelho – e vê um dos convidados sem o traje nupcial: «amarrai-o de pés e mãos e lançai-o nas trevas exteriores; aí haverá choro e ranger de dentes»

Temos de entrar na missa de veste branca, com a alma revestida da graça, que recebemos no batismo. Só assim podemos unir-nos a Cristo na Santa Missa. O cristão em pecado mortal é uma monstruosidade. Se tivermos a desgraça de cometer algum procuremos imediatamente recuperar a graça com a nossa contrição sincera e o desejo de nos confessarmos quanto antes.

Para comungar é preciso estar na graça de Deus. João Paulo II lembrava na Encíclica da Eucaristia:

«um tal dever recorda-o o Apóstolo com a advertência seguinte: ‘Examine-se cada qual a si mesmo e então coma deste pão e beba desse cálice’» (1 Cor 11, 28). Com a sua grande eloquência, S. João Crisóstomo assim exortava os fiéis: «também eu levanto a voz e vos suplico, peço, esconjuro para não vos abeirardes desta Mesa sagrada com uma consciência manchada e corrompida. De facto, uma tal aproximação nunca poderá chamar-se comunhão, ainda que toquemos mil vezes o Corpo do Senhor, mas condenação, tormento e redobrados castigos» (Homil. sobre Isaías, 6, 3: PG 56, 139).

E o Santo Padre continuava: «Desejo por conseguinte reafirmar que vigora ainda e sempre há-de vigorar na Igreja a norma do Concílio de Trento que concretiza a severa advertência do Apóstolo Paulo, ao afirmar que para uma digna recepção da Eucaristia «se deve fazer antes a confissão dos pecados, quando alguém está consciente de pecado mortal» (nº 36).

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