10 de abril de 2020 – Sexta-Feira -Celebração da Paixão do Senhor

Tenho sede

Uma das frases que Jesus pronuncia na cruz é  um queixume:  Tenho sede !

Não se trata com certeza de sede natural, que sentiria na sua agonia, mas de uma sede mais profunda:  a ânsia de salvar todas as almas, de todos homens, de todos os tempos.

Ao falar da Sua Paixão Jesus dizia: Tenho de receber um baptismo e quão grande é a minha ansiedade até que se conclua (Lc 50).

Jesus sofreu porque quis. Morreu para salvar todos os homens. Neste dia tão emocionante deixemo-nos tocar por este amor de Cristo. Agradeçamos-lhe de coração o que fez por nós, peçamos perdão por termos um coração duro o e empedernido.

Como S.Paulo digamos: amou-me e entregou-se à morte por mim (Gal 2,20).

Procuremos aproveitar o Seu sangue divino que nos purifica e nos salva. Ajudemos a todos à nossa volta a deixarem-se tocar por este amor de Cristo e a converterem-se a Ele de todo o coração. Só nEle há salvação, só nEle a nossa vida encontra verdadeira alegria.

 

Como cordeiro levado ao matadouro

Todos nós como ovelhas andávamos errantes –dizia o profeta, anunciando a Morte do Messias. O Senhor fez cair sobre Ele as faltas de todos nós. Como cordeiro levado ao matadouro ele não abriu a boca (1ª leit.).

Ofereceu a Sua vida, o Seu sangue divino sem regatear. Fez-se obediente até à morte e morte de cruz (Filip 2,8). Salvou-nos pelo Seu sangue junto com essa entrega interior de Si mesmo, que tem um valor infinito.  Uma só gota do Seu sangue era suficiente para salvar toda a humanidade. Mas ele quis pagar de modo superabundante pelos pecados dos homens.

Ele dizia: quando for elevado da terra atrairei tudo a Mim (Jo 12,32).

Deixemo-nos impressionar pelo Seu amor sem limites, deixemo-nos atrair pelo Seu coração trespassado pela lança, aberto de par em par para acolher todos os pecadores.

 

Vamos ao trono da graça

Jesus crucificado é a fonte da graça e da misericórdia. Vamos ao trono da graça, como nos convida a 2ª leitura. Matemos a nossa sede nas fontes vivas da graça e do amor.

Animemos os nossos amigos a encontrarem este tesouro maravilhoso mais valioso que o euromilhões e que todos podemos alcançar.

Manifestemos a Jesus crucificado o nosso amor especialmente ao venerar a Santa Cruz.

A Lúcia contava da Jacinta que um dia ao jogarem o jogo das prendas mandaram à pequenita dar um abraço e um beijo ao irmão da Lúcia. A Jacinta respondeu: manda-me antes dar um beijo a Jesus que está ali na cruz. Retiraram o crucifixo da parede e a pequenita cobriu-o e beijos. -A Jesus-dizia – dou todos os beijos que quiseres.

Beijar o crucifixo é uma das formas tradicionais da piedade cristã. Mesmo depois da celebração da ressurreição os cristãos continuam a beijar a cruz no compasso ou visita pascal.

Como a Virgem saibamos unir-nos à cruz de Jesus e oferecer-Lhe as nossas dores e sofrimentos.

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