A vida é um dom. Cheio de maravilha e de surpresas! Quando pensamos que é nosso e queremos possuí-lo egoisticamente, ela escapa-nos.
A vida é um dom de amor. Nascemos porque os nossos pais se amaram, num momento de doação que sustentou a vida generosa que eles viveram para que nós pudéssemos crescer e conduzir o dom da nossa vida à plenitude. Nenhum de nós pediu para nascer: nascemos fruto de um desígnio de amor misterioso, maior que o dos nossos pais, de um Amor que envolve a natureza e o Universo inteiro: o amor de Deus.
A vida é um dom gratuito, que nos é confiado para vivermos agradecidos. Nada fizemos para o ter ou o merecer. Merecemo-lo na medida em que o vivemos de mãos abertas para o repartir com os outros. De mãos dadas, em comunhão, para que o dom da vida a todos enriqueça e transforme.
A vida é um dom que nos dá responsabilidades. Ela é o tesouro que vale mais que todas as outras riquezas, a pérola que confere uma beleza única aos nossos dias e aos nossos atos. Sim, a vida é um dom para vivermos com responsabilidade, comprometidos no bem, naquilo que faz a vida, nossa e dos outros, bela e digna de ser vivida.
A vida é também um dom frágil, ameaçada desde o seu começo pelo mal do mundo, pelo egoísmo das pessoas, por tudo aquilo que a nega e banaliza. A vida está exposta, como nós estamos expostos, ao egoísmo e ao mal, que devemos vencer com o bem e com a beleza.