Cidade do Vaticano, 08 abr 2018 (Ecclesia) – O Papa condenou hoje no Vaticano o ataque com armas químicas que provocou dezenas de mortos na cidade síria de Douma, próxima da capital Damasco.
“Chegam da Síria notícias terríveis, de bombardeamentos com dezenas de vítimas, muitas das quais mulheres e crianças. Notícias de muitas pessoas atingidas por substâncias químicas contidas nas bombas”, disse, no final da Missa a que presidiu na Praça de São Pedro, por ocasião da festa da Divina Misericórdia.
Francisco falou num ato injustificável e pediu os líderes políticos e militares que abandonem as armas e prossigam o caminho da “negociação, a única que pode trazer uma paz que não seja a da morte e a da destruição”.
“Não há guerra boa e guerra má. Nada, nada pode justificar o uso de tais instrumentos de extermínio contra pessoas e populações indefesas”, declarou.
O Papa pediu aos presentes orações “pelos defuntos e pelos feridos, pelas famílias que sofrem”.
Dezenas de pessoas morreram, incluindo mulheres e crianças, num ataque químico no bastião rebelde sírio de Douma, perto da capital, Damasco, segundo denúncias de várias ONG no terreno, feitas este sábado.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, por sua vez, refere que morreram 80 civis, metade dos quais devido a asfixia resultante do colapso das infraestruturas.
Já hoje, a Rússia negou hoje que o regime sírio tenha usado armas químicas em ataques na cidade de Douma, último bastião rebelde nos arredores de Damasco.
A agência oficial síria, SANA, também negou qualquer responsabilidade das forças sírias e sustentou que “as denúncias do uso de substâncias químicas em Douma são uma tentativa clara de impedir o progresso do exército”, que na sexta-feira iniciou uma ofensiva contra os rebeldes.
OC
Fonte:http://www.agencia.ecclesia.pt