Há na nossa vida pequenas atitudes que nunca mais se apagam, que nunca mais se esquecem em nós e naqueles que servimos.
Num dos bairros paupérrimos da Austrália, as irmãs religiosas de uma Congregação visitavam pobres e idosos doentes, esquecidos pela indiferença das outras classes.
Certo dia, uma das irmãs entrou na barraca de um pobre muito idoso e desprezado. O lar desarrumado e sujo.
– Deixe-me limpar sua habitação e lavar suas roupas – dizia a religiosa.
– Estou bem assim, respondeu ele, não se preocupe.
– Ficará muito melhor, insistiu ela. Ele concordou.
A freira limpou toda a casa, lavou as roupas e preparou-lhe a cama.
No meio daquela bagunça encontrou uma lamparina coberta de poeira.
– O senhor não acende a sua lamparina?
– Não, respondeu ele, não recebo a visita de ninguém. Não preciso de luz. Para que deveria acendê-la?
– O senhor acenderia todas as noites se as irmãs passassem a visitá-lo?
– Naturalmente, respondeu. As religiosas combinaram visitar o ancião, todas as noites.
Passaram-se dois anos e ele enviou esta mensagem: Contem à minha amiga que a luz que ela acendeu em minha vida continua brilhando.
Como é belo saber que uma visita de caridade acendeu na vida de um infeliz uma luz: luz de esperança numa vida verdadeiramente humana, vida assistida por mensageiras de amor. Esperança de um sorriso, de uma palavra, de um alento, de uma ajuda a um ancião pobre, doente e esquecido.
As nossas visitas a doentes, a prisioneiros, a indigentes, acendem uma luz nessa solidão: um pouco de alegria, um pouco de amparo, um pouco de amor avivando a fé em Deus que manifesta o Seu amor pelo serviço e caridade dos outros seres humanos.
Se voltássemos a passar por esses locais de miséria e sofrimento, encontraríamos o coração desses infelizes brilhando!
Fonte:
http:// padremariosalgueirinho.blogspot.com