Tens consciência da tua pobreza?

Tens tudo o que é necessário? Dependes apenas de ti para viver? Tudo acontece de acordo com a tua vontade? Por que razão não és feliz se nada te falta? Será que essa alegria profunda a que aspiras não está já em ti, enquanto a procuras nos bens materiais? O que te irá acontecer se pretenderes para ti só o mínimo essencial?

O dinheiro e as coisas desviam a nossa atenção do que é mesmo importante.

A maior miséria não é a exterior. É a interior.

Tratamos como seres inferiores aqueles que têm menos do que nós, não lhes perdoamos a pobreza e condenamo-los como parasitas. Podem estar tristes e desanimados, mas a maior parte de nós vê-os como incómodos, ameaçadores e incapazes que, por isso mesmo, merecem a sua miséria.

Os pobres são humilhados pelo mundo até ao íntimo. São considerados estranhos e postos à margem. O mundo ignora a voz dos pobres, tenta que sejam o mais invisíveis possível. São quase uma espécie de lixo do qual nos queremos livrar, cheiram mal e pesam-nos na consciência.

Contudo, o valor de alguém pode ser calculado pela forma como trata aqueles que nada podem fazer por ele. São os mais miseráveis que nos permitem saber quem somos.

Fixa o teu olhar em alguém mais pobre do que tu, estende-lhe a mão e verás quem sai a ganhar dessa relação.

Todos somos pobres. Ninguém se basta a si mesmo. Dependemos de tantos fatores estranhos a nós. Que a nossa pobreza exterior nos remeta para a busca interior das riquezas que não passam.

A medida que usas com os pobres é a medida justa com que deves ser tratado.

 

Fonte: https://agencia.ecclesia.pt

Autor: José Luís Nunes Martins

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