Somos corações vestidos de corpos

que nos distingue é superficial. Tal como no teatro, cada um representa um papel para o qual se veste de uma determinada forma.

Alguns confundem-se e acreditam que são mesmo, e só, aquilo que veem ao espelho… Em algum ponto do seu futuro hão de sentir um vazio abismal, pois esqueceram-se de que, mais do que terem um coração, são um, o resto são apenas superficialidades sem valor absoluto.

A nossa existência terrena é marcada por estas indumentárias que os nossos corações têm de usar, mas o sentido da nossa vida não passa por elas.

A felicidade passa por sermos capazes de fazer com que o nosso eu chegue ao mundo. Por entre as roupas e apesar delas. Como uma luz face a vitrais.

Somos uma luz interior que deve dar cores ao mundo, através dos corpos com que nos vestimos.

O que importa não é o que pode ser visto e escutado, antes sim o invisível e silencioso que está por dentro de tudo e de cada coisa.

Em primeiro lugar, é preciso aprender a olhar e ver para além das camadas de aparências que nos distinguem. A tendência natural é para nos aproximarmos dos que são amáveis e belos, dos que são parecidos connosco.

Devemos amar coração a coração. O outro é, tal como eu, cheio de fraquezas e imperfeições. Amá-lo é amá-lo como ele é.

O outro tem imensos defeitos, sim. Também nós.

Perdoar o outro é perdoar-se a si mesmo.

 

Fonte: https://agencia.ecclesia.pt

José Luís Nunes Martins

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