A bênção não é um sacramento; é, sim, um sacramental. “Os sacramentais são sinais sagrados instituídos pela Igreja, por meio dos quais são santificadas algumas circunstâncias da vida. Entre os sacramentais, figuram, em primeiro lugar, as bênçãos, que são um louvor a Deus e uma oração para obter os seus dons.” A fonte e origem de toda a bênção é Deus bendito sobre todas as coisas, que, como único e sumo bem, tudo fez bem feito, para encher de bênçãos as suas criaturas e, mesmo depois da queda do homem, continua a derramar essas bênçãos, como sinal da sua misericórdia. Quando Deus abençoa, por Si mesmo ou por outros, promete-se sempre o auxílio do Senhor, anuncia-se a sua graça, proclama-se a sua fidelidade à aliança.
As bênçãos, como sinais que se fundamentam na palavra de Deus e se celebram à luz da fé, pretendem ilustrar e devem manifestar a vida nova em cristo. Além disso, as bênçãos, que foram instituídas imitando, de certo modo, os sacramentos, significam sempre efeitos principalmente espirituais, que se alcançam graças à súplica da Igreja. Com esta convicção, a Igreja manifesta sempre a sua solicitude para que a celebração da bênção se oriente verdadeiramente para o louvor e glorificação de Deus e se ordene ao proveito espiritual do seu povo.
Para que isto apareça com mais clareza, as fórmulas de bênção têm como objetivo principal glorificar a Deus pelos seus dons, implorar os seus benefícios e afastar do mundo o poder do Maligno.
Fonte:
Rosário de Maria
Ano 74| nº 779| abril de 2018