Quem não cometeu nenhuma loucura por amor nos tempos mais recentes, por mais que julgue o contrário, está parado no caminho da vida. Está em modo de sobrevivência.
Amar é uma loucura, porque qualquer gesto de amor envolve algo mais do que lógica. Amar é exceder o normal, ir mais além, sair de si e entregar-se, de forma tão bela quanto destemida.
Que nome têm aqueles que andam por aqui, indiferentes a tudo o que importa, assistindo apenas ao passar dos dias, preocupados com os seus hábitos e as suas insignificâncias?
Os burros são sérios, julgam-se certos e defendem as suas ideias até ao limite. Os loucos são tão livres que, se for preciso, duvidam até de si mesmos!
A criação é um gesto de amor, uma insensatez brilhante. As mais belas obras que existem no mundo são resultado de uma certa dose de loucura. Nem muita, nem pouca. Apenas a que é necessária ao compromisso de amar, dando de si ao mundo o que têm de melhor!
Os loucos são honestos e puros? Ou será que é a honestidade e a pureza que são verdadeiras loucuras?
O amor exige-nos que abandonemos seguranças e certezas. Só um grande espírito é capaz de fazer tudo quanto o amor lhe pede!
Fonte: https://agencia.ecclesia.pt/
Autor:José Luís Nunes Martins