Mensagem de Natal do bispo do Algarve lembra vítimas dos incêndios e refugiados

O bispo do Algarve lembra, na sua mensagem de Natal esta tarde divulgada, aqueles que “continuam a sofrer as consequências dos devastadores incêndios de junho e outubro passados com a perda de vidas humanas e de bens”.

“Se, por ventura, parece que já foi tudo dito a este propósito, verificamos o muito que há ainda a fazer, conscientes de que nada pode trazer de volta, entes queridos falecidos e bens afetivamente insubstituíveis, que o fogo reduziu a cinzas”, escreve D. Manuel Quintas, acrescentando que importa não ficar no “remediar”, mas partir “decidida e corajosamente para o prevenir, de modo a evitar tragédias semelhantes”.

“Para tal, exige-se a mobilização de todos, – Estado, Igrejas e confissões religiosas, autarquias, escolas, comunicação social, associações variadas, instituições de diversa índole – na promoção de uma mudança de mentalidade e de hábitos, imprescindíveis para o cuidado da natureza, nossa «casa comum», e a prevenção dos incêndios”, prossegue.

O prelado refere ainda que se torna “igualmente difícil ignorar em tempo de Natal” a “multidão de migrantes no mundo, 250 milhões, dos quais 22 milhões e meio são refugiados”. Apontando para a “estratégia” com vista a uma solução indicada pelo papa na sua mensagem para o 51º Dia Mundial da Paz, D. Manuel Quintas lembra tratar-se de “um problema complexo na sua origem” que “exige igualmente respostas complexas e abrangentes na sua solução” e exorta os católicos a contribuírem com a sua quota-parte para a “construção da paz, com a vitória sobre a globalização da indiferença”.

O bispo do Algarve observa ainda que, na sociedade atual, “marcadamente pluralista” e “apoiada no respeito pela diferença de opções, aos mais diversos níveis”, “seria profundamente empobrecedor pretender omitir qualquer referência religiosa explícita à celebração do nascimento de Jesus” na celebração do Natal. “Acolhê-lo no amor e não no temor, significa sair de nós mesmos e assumir (encarnar) a realidade da vida dos nossos contemporâneos, como mensageiros e construtores da esperança, da paz e da alegria”, conclui D. Manuel Quintas.

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