O que significa este pedido? Que nunca nos encontremos com o mal, menos ainda com o Maligno? Ou será que há outro significado?
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Será possível que, na verdade, já estejamos imersos no mal, tão aprisionados por ele que nem percebemos? Nesse caso, ao pedir para sermos libertados do mal, estamos a suplicar que alguém nos venha buscar a este lugar onde, talvez sem perceber, nos viemos afundar.
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O maior perigo que corremos é o de não chegar a viver a vida que podemos viver. Esta vida possível, mas não vivida, dói muito fundo, porque o sofrimento que inflige é da nossa inteira responsabilidade, por não termos sido capazes de ousar, por não acreditarmos em nós e nos outros. Idealizamos muitos sonhos, mas como somos muito cautelosos, nunca arriscamos realizá-los. E é assim que o mal vence, mantendo-nos limitados, reprimidos e bem presos ao chão.
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Precisamos de sair daqui. De sair desta prisão onde o mal já nos chega a parecer normal. Peçamos ao bem que nos ajude, liberte e salve destes momentos em que chegamos a pensar que o mal é bem.
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E há o mal que vive dentro de nós. Como posso livrar-me dele? Quem me pode ajudar a arrancar as suas raízes do fundo do meu íntimo… os vícios que me escravizam, os medos que me paralisam, as amarguras que me destroem?
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A linha que separa o bem do mal passa pelo meio de cada um dos nossos corações. Cada um de nós tem em si bem e mal. A qual deles concedemos mais espaço? Uma vez seduzidos pelas promessas do mal, e caídos na sua desgraça, eis que se torna quase impossível recuperar o que perdemos de nós.
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Que sejamos desenredados do mal, que se rompam os laços com que as nossas esperanças se mantêm moribundas.
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… mas livrai-nos do mal… para que possamos recuperar o poder que nos foi dado com o dom da nossa vida! A verdadeira liberdade de ser quem podemos ser.
Fonte: https://www.facebook.com/jlnmartins