«Julgar bem» (Mt 7,1-5)

Como não julgar? Não fazemos outra coisa, de manhã à noite. A única maneira de obedecer a Jesus neste ponto, é encarar positivamente o seu mandamento: Julgar bem.

Como? Procurando não eixar de amar. É bastante difícil, mas é possível.

Em primeiro lugar, nunca confundindo uma pessoa com os seus atos. Uma pessoa é um mundo complexo. A única atitude evangélica para com alguém, é considerá-lo na sua globalidade: a sua claridade e o seu mistério, as suas aparências e a sua profundidade. Aliás, é desse modo que nós próprios queremos ser amados e julgados: ah! Se me conhecesse melhor!

Cultivar este amor global não há-de impedir-nos de julgar os atos. Às vezes, temos mesmo obrigação de o fazer. Fechar demais os olhos não é amar.

Amar, é evitar dramatiza-los, ou mesmo falseá-los; havemos de ser benevolentes. Em vez de humilhar a pessoa, desculpá-la-emos o mais possível.

O amor leva-nos ainda a ter uma ideia brilhante: acreditar que a pessoa em causa pode evoluir, progredir.

Fonte: revista Rosário de Maria ano 70| nº 741| novembro de 2014

Autor: adaptado por Fr. José Carlos Vaz Lucas, op

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