FOMENTANDO VOCAÇÕES

Jesus Cristo disse: “A messe, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rezai, pois para que o Pai que está no Céu mande mais trabalhadores”.

Numa vocação, há muitas coisas que são importantes. Primeiro. É um dom de Deus como resposta à oração. Muitas vezes é a oração de uma pessoa afastada, talvez a viver sozinha, sofrendo e isolada, mas rezando pelos sacerdotes e rezando pelos religiosos.

A segunda questão importante na criação de vocações é, sem qualquer dúvida, a qualidade da vida familiar. Tem de haver pais que sejam dedicados a Deus, que dêem exemplos de uma vida de bons cristãos, que instintivamente julguem as coisas à luz do Evangelho, que não se aborreçam nem criem dificuldades, mas sejam sensíveis e animados no serviço de Deus. Crescer nessa espécie de família é uma preparação, como nenhuma outra, para um rapaz ou uma rapariga entrarem numa Vida Consagrada. Um bom Religioso. Se posso recorrer à minha própria experiência, recebe o primeiro noviciado na família. As primeiras lições de oração não são dadas no seminário ou no noviciado; são dadas em casa.

O terceiro fator importante é a escola que desempenha um papel muito valioso. A sua influência não se baseia tanto no que se passa durante as aulas dedicadas ao ensino da religião, mas de preferência na dedicação dos professores. Se são cristãos empenhados, então comunicarão alguma coisa do seu interesse pelas coisas de Deus e do seu entusiasmo pelo Evangelho àqueles com quem estão em contacto. Se, mais uma vez, posso recorrer à minha experiência, conheci pessoas que entraram para a Vida Religiosa, devido a uma observação casual feita por um professor, que nem se recordava de ter feito essa observação, em determinada circunstância; ou pode ter sido por influência de alguém que nem era um professor particularmente bom. O jovem aluno, no entanto, sentiu instintivamente que se tratava de alguém que concretizava, na sua vida significado ou valores especiais.

Oração, a família, a escola são as influências importantes que hão-de continuar a dar candidatos aos seminários. Ao mesmo tempo, devemos ter a consciência de que o chamamento de Deus é dirigido a Mateus ou a Maria Madalena – por muito estranho que possa parecer-nos.