Narrando a última Ceia de Jesus com os discípulos, as primeiras gerações cristãs recordavam o desejo que o mestre expressava: “Fazei isto em memória de Mim!”.
Desde o princípio, a Ceia do Senhor foi celebrada pelos cristãos para fazerem memória do Senhor, atualizar a sua presença viva no meio de nós e alimentar a nossa Fé n’Ele na sua mensagem e na sua vida entregue por nós, até à hora da morte! Há quatro momentos significativos na estrutura atual da Eucaristia:
A Escuta do Evangelho: fazemos memória de Jesus ao escutarmos nos Evangelhos o relato da sua vida e da sua mensagem. Os Evangelhos têm precisamente esse objetivo, guardar a recordação de Jesus, alimentando assim a fé e animando os discípulos a seguirem-n’O. Aprendemos não apenas doutrina, mas o modo de ser e de atuar de Jesus, que inspira a nova vida. Por isso, devemos escutá-lo como discípulos que querem aprender a pensar, sentir, viver e amar como Ele.
A Memória da Ceia: atualizamos a ação salvadora de Jesus, escutando com fé as suas palavras; “este é o Meu Corpo; este é o cálice do Meu Sangue… assim me recordeis, que vos amei até ao extremo, até à morte”. Confessamos assim a nossa fé em Jesus, sintetizando o mistério da nossa salvação: “anunciamos, a vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição; vinde, Senhor Jesus.”
A Oração de Jesus: antes de comungarmos, rezamos como Ele nos ensinou. Identificamo-nos com os três grandes desejos que presidiam à sua vida, o respeito absoluto a Deus; a vinda do seu reino de justiça; o cumprimento da vontade do Pai; terminando com as quatro preces – pão para todos, perdão e misericórdia, vencer a tentação, libertação de todo o mal.
A Comunhão de Jesus: aproximamo-nos como pobres que somos, com a mão estendida, tomamos o Pão da Vida. Comungamos fazendo um ato de fé. Acolhemos em silêncio Jesus no nosso coração e na nossa vida: “Senhor, quero caminhar contigo, viver pelo Teu Espírito, colaborar no Teu projeto, fazer um mundo mais humano”.
Façamos de cada Eucaristia a festa do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo.
Fonte: Boletim da Igreja da Graça,
Paróquia de Santo André e Santa Marinha,
Patriarcado de Lisboa