Fátima: Cardeal de Seul recorda «milagre do sol», símbolo da «luta contra o Mal»

D. Andrew Yeom Soo-jung renovou pedido de oração pela reconciliação da Península Coreana

Fátima, 13 out 2019 (Ecclesia) – O cardeal sul-coreano Andrew Yeom Soo-jung, arcebispo de Seul, recordou hoje em Fátima o “milagre do Sol”, na última aparição de 1917, na Cova da Iria, que apresentou como símbolo da “luta contra o Mal”.

“Um milagre assim mostra que o Senhor é o Deus do Universo e que está para lá das leis da natureza. Deus decidiu intervir nas leis da natureza e lutar contra o Mal”, referiu, na homilia da Missa conclusiva da peregrinação internacional aniversária do 13 de outubro.

As celebrações evocam a sexta aparição aos três videntes de Fátima, acompanhada por milhares de pessoas, na qual “após um período de chuva, as nuvens escuras abriram-se e o sol apareceu no céu como um disco giratório multicolor”, lembrou o cardeal de Seul.

“O milagre foi outro sinal e confirmação de Deus de que Nossa Senhora tinha aparecido às três crianças”, acrescentou, num dia em que a chuva acompanhou os peregrinos na Cova da Iria.

A peregrinação internacional de outubro ficou marcada por vários apelos em favor da reconciliação da Península Coreana.

“Peço que recordeis o povo da Coreia, que tem de enfrentar os seus próprios desafios para conseguir alcançar a paz e a reconciliação. Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós”, pediu o cardeal Andrew Yeom Soo-jung.

O responsável sul-coreano sublinhou que, na vida, há sempre dificuldades a superar, “mesmo nos momentos em que tudo parece estar bem”.

“Os ensinamentos da Bíblia e as aparições de Nossa Senhora em Fátima dizem-nos que apesar das dificuldades nunca estamos sós. Aprendemos que se as dificuldades existem, Nosso Senhor e Nossa Senhora estarão presentes para nos ajudarem nas nossas necessidades”, prosseguiu.


Não nos esqueçamos de que na nossa Santa Mãe encontramos a ajuda e o apoio necessários para enfrentarmos os muitos desafios que inevitavelmente enfrentamos enquanto seres humanos”.

O presidente da celebração defendeu que os católicos devem ser capazes de “dar meia-volta e dar graças a Deus”, apresentando a oração, a Eucaristia e a evangelização como expressões de agradecimento pela “dádiva da salvação”.

A homilia destacou a realização em Lisboa da próxima edição internacional da Jornada Mundial da Juventude, marcada para 2022.

“Envio-vos as minhas calorosas felicitações e incentivo-vos a participardes nestas Jornadas da Juventude. São ocasião para proporcionar aos jovens uma visão de um mundo melhor e encorajá-los a encarnar Cristo no nosso tempo, em que temos de enfrentar tantos desafios para alcançar a paz e a harmonia, pelas quais temos de rezar e trabalhar, tal como Nossa Senhora de Fátima pediu”, disse D. Andrew Yeom Soo-jung.

A Missa foi concelebrada por dois cardeais, 11 bispos e 232 padres, com a participação de 200 mil peregrinos, segundo dados divulgados pelo Santuário de Fátima.

No final da celebração, o cardeal D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, destacou a “atenção que o Santuário de Fátima dedica à paz e aos peregrinos” asiáticos, que acorrem à Cova da Iria “em número cada vez mais numeroso”.

O responsável português evocou as “guerras, perseguições e martírio” que marcaram o passado da Igreja Católica na Coreia do Sul, onde hoje existe “uma grande devoção a Nossa Senhora de Fátima”.

“É um testemunho muito belo”, acrescentou.

D. António Marto agradeceu o “testemunho de fé” dos peregrinos, antes de saudar os mais novos, como habitualmente, com “carinho, afeto, estima e amizade”.

OC

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