BEATO PAULO VI

No dia 19 deste mês de outubro, no final do Sínodo dos Bispos sobre a Família, o Papa Paulo VI irá ser beatificado. A cura inexplicável de bebé ainda na barriga da mãe, que se recusou a abortar, apressou esta beatificação.

João Batista Montini nasceu no ano 1897 em Concesio, província de Brescia (Itália). Ordenado sacerdote aos 23 anos, entrou ao serviço do Vaticano, chegando a ser por muitos anos um colaborador muito próximo de Pio XII. Em 1954 foi nomeado Arcebispo de Milão e em 1958 feito cardeal por João XXIII.

Em 1963, o Papa bom morreu. Os cardeais reunidos em conclave escolheram-no para bispo de Roma e sucessor de São Pedro. Ele aceitou e escolheu o nome de Paulo VI. Com este nome indicava o seu programa de vida: como S. Paulo, ser um anunciador do Evangelho a todos os povos.

CONTINUADOR DO VATICANO II

A primeira grande decisão foi a de continuar o Concílio iniciado por João XXIII, que terminou em 1965. Em seguida empreendeu as reformas aprovadas pelos padres conciliares, de forma a renovar a Igreja, uma terefa nada fácil e de que continua ainda hoje.

Foi o primeiro Papa a viajar de avião e a visitar os cinco continentes. Esteve na ONU, apelando aos políticos para serem construtores de paz. Uma das suas viagens foi a Fátima, vindo a 13 de maio de 1967 como peregrino para a celebração do cinquentenário das aparições. Foi aqui que fez um apelo vibrante à paz: «Homens, sede homens!».

Publicou sete encíclicas tendo como temas o diálogo, a regulação da natalidade, o progresso dos povos, o anúncio do Evangelho, o culto a Nossa Senhora, a alegria.

Promoveu a unidade dos cristãos, sendo um momento histórico aquele abraço há 50 anos entre ele e o patriarca Atenágoras de Constatinopla. Encontrou-se também com o Arcebispo da Igreja Anglicana.

Foi Paulo VI quem nomeou cardeais a três dos seus futuros sucessores: João Paulo I, João Paulo II e Bento XVI.

Morreu a 6 de agosto de 1978 em Castelgandolfo e quis ser sepultado em campa rasa. O seu belo testamento espiritual mostra como era grande a sua fé em Cristo, o seu amor à Igreja, a quem serviu fielmente até ao fim dos seus dias. Paulo VI foi o Papa do Concílio Vaticano II.

Fonte:

Jornal Cavaleiro da Imaculada

Ano 54|nº 967| outubro de 2014

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