Os dias cinzentos e tristes de Outono, neste mês de novembro, fazem-nos recordar que a vida das pessoas tem o ritmo das estações do ano. O Outono é o tempo da velhice.
Passa a Primavera que é a juventude, vem o Verão que é a idade adulta. Custa aceitar a chega do Outono. Mas não há medicinas nem cosméticos que impeçam a chegada da velhice. Todas as pessoas gostam de permanecer eternamente jovens ou então sempre adultas e ativas.
A velhice faz pensar em doenças, falta de forças, situações de dependência, morte mais ou menos próxima. Tudo isto pode causar medo, angústia, tristeza, revolta.
Mas o cristão aceita serenamente esta realidade. Reconhece que a vida é como a planta que de manhã floresce e à tarde murcha.
A SABEDORIA DO SALMISTA
O salmista do Antigo Testamento dá-nos uma lição acerca da arte de envelhecer. Aceita como normal as estações na vida humana, pois todos fomos criados como seres com princípios, meio e fim.
Perante esta condição mortal nada agradável o salmista tem sentimentos de esperança, fonte de serenidade e de paz. Perante os sintomas da velhice, faz subir a Deus a sua oração confiante: “Tu, meu Deus, foste a minha esperança desde a juventude. Não me desampares agora na velhice”.
Pensando no seu último dia, ele reza: “Quando adormecer no sono da morte, acordarei e contemplarei para sempre o teu rosto. A minha sede de felicidade será saciada”.
Fonte:
Jornal Cavaleiro da Imaculada
Nº 992| novembro de 2016