Durante este mês de maio, e não só, há quem acenda uma vela em Fátima, junto da capela das aparições, ou então diante de alguma imagem de Nossa Senhora. E porquê?
Muitas pessoas, mesmo sem irem regularmente à missa, gostam de acender uma vela a Nossa Senhora ou a um santo da sua devoção. Pode acontecer que alguém não goste deste gesto de piedade e até o julgue supersticioso.
Não pensemos assim. As pessoas acendem uma vela como expressão de um pedido ou como agradecimento por uma graça concedida. É uma expressão da sua confiança em Deus, por intercessão de Nossa Senhora.
Acender uma vela em Fátima ou noutro lugar de oração é uma atitude que merece todo o respeito, embora se recomende que não se exagere no número de velas e no seu tamanho, como se a quantidade e o peso tivessem um efeito mágico.
A vela acesa como que prolonga no tempo a oração de louvor ou de petição do crente. Este retira-se para sua casa, desce da montanha do santuário e a vela fica a arder, a consumir-se lentamente, até se ir apagando.
PROLONGAR A ORAÇÃO
Pode acontecer que o crente se limite simplesmente a acender a vela. Entra no santuário, compra a vela, segue para o tocheiro, acende a vela, passa diante da capelinha das aparições e retira-se. Seria bom que, antes de se ir embora, fizesse uma breve oração. Sugerimos esta que apresentamos.
Senhor, ao olhar para a chama desta vela que acendo, peço-te que ilumineis a minha vida, sobretudo quando faz escuro.
Ao olhar para a cera a derreter-se, peço-te que derretas tudo aquilo que em mim é egoísmo, orgulho, impureza, maldade.
Ao sentir o calor da chama, peço-te que aqueças o meu coração para que ele ame o próximo como Jesus amou.
Ao ver que a vela se vai gastando totalmente, dando luz e calor, peço-te que eu saiba gastar a minha vida praticando o bem.
Ao acender a vela e ficar um momento em silêncio, peço-te que me ajudes a descobrir a beleza da oração. Amen.
Fonte:
Jornal Cavaleiro da Imaculada
Ano 55| nº 974| maio de 2015