Sonhamos muito e, de tanto assim fantasiar, chegamos a acreditar que os nossos caminhos nunca serão agrestes nem tão pouco por terras de dor e pouca luz.
Julgamos que a nossa vida será algo semelhante a umas férias de muitos anos e… fazemos as malas no nosso coração, preocupados apenas se houve algum sonho que não sonhámos.
Depois chegam os dias da verdade e se em alguns momentos nos sentimos revoltados pela injustiça de nada ser como imaginamos, em outros, compreendemos que fomos ingénuos e que andámos a brincar com os futuros possíveis como crianças a jogar com um balão num jogo sem regras.
Talvez depois de muitas lágrimas chega o instante em que da desilusão e no desespero começamos a pensar e a sentir que a nossa vida, apesar de ser o que nunca pensámos, de parecer tantas vezes apenas uma longa sequência de desgraças, pode, ainda assim, ser mais do que o tempo e o lugar das nossas lamentações.
Até nos piores lugares encontrarás boas pessoas.
Quando a vida te fizer mudar todos os planos, ficando sem nada nem do que tinhas nem do que querias… por pior que te sintas no início, ainda assim, bastará estares atento para começares a conhecer outros lugares e pessoas que são tão maravilhosos como os dos teus sonhos.
Depois de muito te tropeçares pelas montanhas de um dia-a-dia difícil e de já sentires as quedas como um hábito que já faz parte do teu caminho, chegarás a ver aquilo que se esconde a todos exceto a quem aprendeu que não há vida sem sofrimento.
A felicidade é a capacidade de ir por onde não escolheste, rumo a onde nem imaginas, sem perderes o sorriso de quem sabe que o sentido da nossa vida existe e depende de ti.
Acredita, vive e ama, como se cada dia fosse uma vida inteira.
Fonte: https://agencia.ecclesia.pt/
Autor: José Luís Nunes Martins