A qualidade da família prepara a autenticidade futura dos cidadãos. É uma constante, quase uma evidência, que cada um de nós é fruto da “qualidade” da nossa família alargada, que engloba as circunstâncias envolventes e influentes na estruturação da pessoal entidade e identidade psicossomática, cultural, ética e cívica.
Porque ninguém é alguém sem os outros, também é uma evidência que não há repetições de pessoas e todas são vocacionadas para ser e viver como livres e responsáveis. O ideal de procurar a verdade, a unidade, a bondade e a harmonia, pessoal e cívica, envolve elementos herdados, transmitidos pela hereditariedade genética direta, prevalente ou recessiva. Daí que disfrutemos da nossa caracterologia, potencialidades, “orientações” e limitações.
Todavia ninguém está definitivamente pré-determinado, sendo a negação da verdadeira humanidade a infeliz afirmação determinista: “cada pessoa é para o que nasce” negando a liberdade, a responsabilidade, o mérito ou a culpa.
Fonte: Revista Rosário de Maria – Ano 72| nº 761
Autor: Frei Bernardo Domingues, op