20 de julho de 2025 – 16º Domingo do Tempo Comum – Ano C | Cristo hospede, mas não apenas por um dia.

«Diante de ti, não passamos de estrangeiros e peregrinos, como todos os nossos pais; os nossos dias sobre a terra são como a sombra, sem esperança». Nestas palavras de David está presente a lição que Israel assimilou da experiência do deserto: viveu em tendas, sem morada fixa, pediu hospitalidade a outros povos que muitas vezes lha recusaram, e assim aprendeu a estimar o acolhimento.
Rashi, o famoso comentador medieval das Escrituras, recordava ao seu povo: «Mesmo que os Egípcios lancem ao Nilo os nossos recém-nascidos, não devemos esquecer que eles nos acolheram no momento de necessidade, durante a carestia, no tempo de José e dos seus irmãos.»
Também para os cristãos a hospitalidade é uma chamada de atenção à sua condição de peregrinos neste mundo. Mas lembra-lhes, sobre tudo, que Cristo veio ao mundo como forasteiro: «Veio para o que era seu e os seus não o receberam».
Hoje, Ele continua a pedir hospitalidade: «Olha que Eu estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, Eu entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo. Pede para entrar na vida de cada pessoa, de cada sociedade, de cada instituição.
Jerusalém não reconheceu o tempo em que Deus a veio salvar.
Fica-se sempre titubeante e indeciso quando Jesus bate à porta.
Hesita-se antes de abrir porque se intui que a sua palavra acabará por desarmar toda a casa. Preferiríamos que não visitasse tudo, que deixasse de parte pelo menos um cantinho, gostaríamos de o reservar para nós, mantê-lo ordenado de acordo com os nossos gostos.

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