A nossa existência é semelhante a uma longa viagem através de mares muitas vezes revoltos. Brisas suaves e ventos fortes alternam-se. Embora quase nunca consigamos prever quando acaba o que está e chega o que virá.
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Esperamos a paz no meio da tormenta, mas quase nunca nos damos conta de que os tempos de bonança também acabam, mais cedo ou mais tarde.
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Navegar por entre tempestades exige que levemos pouco connosco, para que não percamos muito e nos julguemos perdidos por causa disso. Tudo passa, o que mais importa saber é o que resta no final de cada capítulo.
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Devíamos valorizar sempre quem fica connosco nos piores momentos, aqueles que não nos abandonam quando caímos, que nos ajudam a ficar de pé e a sair dos temporais. Quase todos afastam-se com subtileza depois, afinal, como não são necessários, nem precisam do nosso agradecimento, ou vão ajudar outros ou… voltam (tantas vezes sozinhos) às tempestades das suas vidas.
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Alcançar a felicidade exige arriscar o fracasso, mas muitos preferem não tentar. Por outro lado, outros, com fé, conhecem a certeza de que não há comparação entre o que se perde por fracassar e aquilo que se perde por não tentar.
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Muitas vezes, as tempestades estão dentro de nós e é a nossa alma que é chamada a sobreviver ao que não temos vontade de lhe fazer… mas fazemos.
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Mas a alma, como o amor, resiste a tudo, pode até nem se reconhecer depois de ter passado a tempestade, chega até a não se lembrar do que se passou, por vezes nem sequer está segura de que já seja tempo de paz… No entanto, há algo de muito valioso em qualquer tempestade: confere sentido à nossa vida, aperfeiçoam-nos, ainda que julguemos que é tudo ao contrário disso.
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Amar faz de nós melhores. Sempre.
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O amor tem a leveza da brisa e a força da tempestade. Dá-nos conforto no meio da tormenta e mantém-nos longe da desgraça face às mudanças violentas.
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Tudo passa, só o amor é que não tem fim!
Fonte: https://www.facebook.com/jlnmartins