6 de novembro de 2016 – 32º Domingo do Tempo Comum – Ano C

Faz-nos bem meditar no infinito amor misericordioso de Deus. Mas, também é muito necessário e salutar para a nossa vida, considerar os motivos por que devemos ter e alimentar um santo temor filial a Deus, Que com o Seu poder, a Sua omnisciência e Sua justiça será um dia nosso Supremo Juiz.

Porém, acreditamos que, se O possuirmos na vida presente, Ele será nossa Salvação para a eternidade.

A vida eterna existe

Em tempos não muito longínquos, a doutrina dos Novíssimos – morte, juízo, inferno e paraíso – era sempre um ponto chave da pregação em tríduos, retiros, encontros de formação. E os pregadores falavam de modo sugestivo e eficaz. Quantas pessoas foram levadas à conversão e à Confissão por estas práticas e reflexões sobre as verdades eternas.

As leituras que acabamos de escutar giram precisamente em volta destas verdades. Creio no vida eterna. Assim remata o Credo, com estas palavras tão consoladoras. O Concílio Vaticano II fala demoradamente neste problema no Capítulo VII da «lumen gentium» vigiemos continuamente afim de que no termo da nossa vida sobre a terra, que é só uma, mereçamos entrar com o Senhor para o banquete das núpcias e ser contado entre os eleitos (N.º 48). E a mensagem de Fátima é bem clara neste sentido.

O homem é livre e, por isso responsável. É na responsabilidade que reside a tua grandeza. Esta mensagem ainda é capaz de penetrar profundamente no intimo da alma, de acordar heroísmos e de criar santos.

Não apenas os que são elevados às honras dos altares, mas os santos «quotidianos»: no anonimato do lar, da fábrica, do escritório, na solidão orante do claustro, no martírio diário da doença. Quando tudo se manifestar na parosia, ver-se-á o papel importante que tantos desempenharam na vida do mundo.

Nem tudo acaba com a morte

Infelizmente não faltam pessoas que se deixam dominar pelo materialismo e o consumismo. Procuram apenas a fruição dos bens terrenos. E então repetem: tudo se acaba com a morte, tal como os saduceus que afirmavam não haver ressurreição dos mortos (Evangelho), o Mestre responde à pergunta que lhe fizerem declarando que Deus é um Deus de vivos, não de mortos.

O problema da sobrevivência após a morte, e do mundo futuro, é para cada um de nós e para toda a alma humana uma das verdades mais essenciais. Não há ninguém que não se interesse que, quer para utilidade própria quer pensando em pessoas queridas, à cerca do que existirá para além da morte.

Não se pode viver sem esperança. Do coração humano emerge esta pergunta; converter-nos-emos em cinza ou começaremos a viver de outra maneira? A fé católica responde com firmeza: A vida não acaba, apenas se transforma.

A celebração da missa pelos mortos implica a fé na ressurreição e na vida eterna. Crer na vida eterna, para um católico quer dizer: trazer sempre na mente as duas alternativas de eternidade: O Céu com as suas alegrias inenarráveis ou inferno com as suas horrendas torturas. Ganhar aquele e evitar isto deve ser a nossa meta.

Seguro de Vida

Queiramos ou não, o nosso futuro será eterno. E esse futuro nós o preparamos com as nossas boas obras, e com as obras da nossa vida.

O Senhor desceu à terra para nos levar para o Céu. Para Cristo a decisão de uma pessoa de se apartar d’Ele e seguir o caminho do inferno, é uma grande, uma imensa dor. Ele não quer a morte do pecador, mas antes que se converta e viva (Mt 10, 20). Cristo está sempre atento para nos ajudar, consolar e perdoar.

Não esqueçamos porem, que para nos salvar é preciso que queiram ser salvos «Quem te criou sem ti, não te salvará sem ti» (S. Agostinho). Deus não quer salvar-nos sem a nossa colaboração, nem tornar-nos felizes contra a nossa vontade livre.

Precisamos de fazer o nosso seguro de vida. Neste caso, Seguro de Vida para a Eternidade. Haverá algum seguro de eternidade feliz?

Jesus garante-nos que sim: «É a Eucaristia» – «quem come a Minha Carne e Bebe o Meu Sangue permanece em mim e Eu nele e ressuscitá-lo-ei no último dia» (Jo 6, 50). A Eucaristia revigora as nossas forças para termos virtude de vida por toda a eternidade.

Eucaristia é remédio para toda a Eternidade.

Precisamos portanto de fazer o nosso seguro de vida. Neste caro seguro de vida para a eternidade. Mas haverá algum seguro de eternidade feliz? Jesus garante-nos que sim. È a Eucaristia: «Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue permanecerá em Mim e Eu o ressuscitarei no último dia» (Jo 6, 50).

A Eucaristia é remédio de imortalidade, antídoto para não morrer mas viver em Jesus Cristo para sempre (C.I.C 1405).

Na vida eterna havemos de nos encontrar com Cristo. Começamos desde já a viver na intimidade com ele – na comunhão, na oração, na meditação. Para o cristão a morte será um abraço de amor a Cristo e um encontro de novo com aqueles que conhecemos e nos querem bem.

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