6 de maio de 2018 – 6º Domingo da Páscoa – Ano B

Leitura dos Actos dos Apóstolos

Naqueles dias, Pedro chegou a casa de Cornélio. Este veio-lhe ao encontro e prostrou-se a seus pés. Mas Pedro levantou-o, dizendo: «Levanta-te, que eu também sou um simples homem». Pedro disse-lhe ainda: «Na verdade, eu reconheço que Deus não faz acepção de pessoas, mas, em qualquer nação, aquele que O teme e pratica a justiça é-Lhe agradável». Ainda Pedro falava, quando o Espírito desceu sobre todos os que estavam a ouvir a palavra. E todos os fiéis convertidos do judaísmo, que tinham vindo com Pedro, ficaram maravilhados ao verem que o Espírito Santo se difundia também sobre os gentios, pois ouviam-nos falar em diversas línguas e glorificar a Deus. Pedro então declarou: «Poderá alguém recusar a água do Baptismo aos que receberam o Espírito Santo, como nós?» E ordenou que fossem baptizados em nome de Jesus Cristo. Então, pediram-lhe que ficasse alguns dias com eles.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 97 (98)

Refrão 1: O Senhor manifestou a salvação a todos os povos.

Refrão 2: Diante dos povos manifestou Deus a salvação.

Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.

O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.

Os confins da terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, terra inteira,
exultai de alegria e cantai.

 

LEITURA II – 1 Jo 4,7-10

Leitura da Primeira Epístola de São João

Caríssimos: Amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Assim se manifestou o amor de Deus para connosco: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que vivamos por Ele. Nisto consiste o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados.

Palavra do Senhor.

 

EVANGELHO – Jo 15,9-17

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, Disse Jesus aos seus discípulos: «Assim como o Pai Me amou, também Eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, Assim como Eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor. Disse-vos estas coisas, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa. É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai. Não fostes vós que Me escolhestes; fui eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça. E assim, tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá. O que vos mando é que vos ameis uns aos outros».

Palavra da Salvação.

 

REFLEXÃO
Em cada Eucaristia, Cristo Ressuscitado, vem ao encontro da comunidade dos seus discípulos. Ele vive connosco. Ele propõe-nos viver a experiencia admirável do seu Espírito que nos introduz na fonte do amor de Deus. E neste amor viver a experiência admirável do amor ao próximo.
Deus comunica-se no amor. Deus deu a vida por nós e definitivamente nos faz amigos e filhos. O seu amor nos faz saborear a Sua beleza que resplandece, de maneira particular, em cada homem e em cada mulher.
O seu amor nos tira do isolamento e do egoísmo, rompendo as barreiras de todo o tipo de preconceito.
O seu amor nos lança no desafio da admirável experiência da descoberta do verdadeiro amor que não nos deixa ficar indiferentes, e nos dinamiza para um testemunho de entrega e de serviço.

Mistério Pascal: Fonte de amor.

O mistério pascal de Jesus Cristo é fonte do amor de Deus. Toda a história da salvação se centraliza nesta doação de Jesus Cristo. A obra da criação faz transparecer a bondade e a ternura de Deus num amor único e rico. Mas na obra da redenção, Deus, exprime toda a sua misericórdia e ternura no Seu amado Filho. Ele em linguagem humana, escrita em caracteres bem visíveis e audíveis, assinala definitivamente a salvação de Deus em cada homem e em cada mulher.
No seu mistério pascal fazemos a experiência admirável da profundidade, largura e altura do amor de Deus. Nesse mistério admirável, o mistério de Deus, toda a Trindade, se torna tão acessível e acolhedora. Nesse mistério fica revelada a dignidade que Deus quis que o ser humano tivesse.
Mistério que traduz a beleza da inteligência na adesão incondicional ao mistério da beleza e da verdade, que é Deus. E daí uma vontade de profunda comunhão e fidelidade…que exige a morte de cruz. Um Deus que ama, anunciado e doado na paixão, morte e ressurreição de Cristo.
Somos necessariamente convidados a “tocarmos” esse amor que por nós foi crucificado. Assim estaremos em condições de amar, de ser igreja, de olhar o mundo. O amor é invisível e por isso necessita de sinais, de palavras, de gestos, de obras, de frutos. Percebemos que o amor não são coisas mas Alguém que nos toca e nos envolve na razão mais profunda do nosso ser, e nos leva ao mesmo dinamismo de entrega e doação.

Ver as maravilhas de Deus.

O texto da Palavra de Deus faz referência à primeira comunidade que soube ver – e diz que viu – as maravilhas de Deus. Maravilhoso sabermos que viram as maravilhas de Deus. É que este ver implica descobrir a presença de Deus. Ver na novidade, na surpresa, no dinamismo de vida nova. Viram e ficarão felizes por Deus se manifestar em liberdade e em amor incondicional.
Quem ama vê, e como diz são Boaventura, vê mais longe. É esse amor que permite ver o dinamismo das maravilhas de Deus. Que permite à comunidade dos discípulos, a Igreja, abrir-se às surpresas de dignidade, de vida que o Espírito Santo faz surgir nela e em todo o mundo. Faz descobrir que é possível renascer. Que a porta de Deus está sempre aberta e faz gerar verdadeiras e autênticas comunidades. O amor faz nascer, crescer e amadurecer as comunidades, a Igreja, Comunidade de comunidades.
Ver com os “olhos de Deus” a sintonia e abertura ao Evangelho, a docilidade dos que parecendo longe se ajoelham com verdade e liberdade. Permite romper preconceitos, barreiras e fronteiras. Permite descobrir a possibilidade de nascer e renascer. Permite uma igreja jovem, paciente, amiga, amorosa, livre, audaz. Permite também a sua saudável caminhada numa constante e permanente renovação e irrupção de vida que leva a trilhar novas possibilidades e novas perspetivas.
O cristão deve compreender que importa anunciar o projeto de Jesus Cristo aos homens e mulheres de hoje. E sobretudo amar na centralidade do mistério pascal de Jesus Cristo em que Deus e o ser humano estão no centro.

 

ORAÇÃO UNIVERSAL OU DOS FIÉIS

Irmãs e irmãos: Roguemos ao Pai, que está nos céus, que escute as nossas preces pela Igreja e por todos os homens deste mundo, dizendo (ou: cantando), com fé:

R. Ouvi-nos, Senhor.
Ou: Abençoai, Senhor, a vossa Igreja.
Ou: Ouvi, Senhor, o vosso povo.

1. Pelas Igrejas do Norte e do Sul
que confessam a ressurreição de Jesus Cristo
e pelos cristãos que perderam a fé,
oremos, irmãos.

2. Pelos governantes de todas as nações,
pelos cidadãos que vivem com justiça
e por aqueles que são vítimas inocentes,
oremos, irmãos.

3. Pelos pagãos que se convertem ao Evangelho,
pelos Judeus que ainda esperam o Messias
e pelos adultos que se preparam para o Baptismo,
oremos, irmãos.

4. Pelos discípulos que Jesus escolhe e envia,
pelos que amam a Deus acima de tudo
e por aqueles que dão a vida pelos amigos,
oremos, irmãos.

5. Pelas crianças da primeira Comunhão,
pelos jovens que se preparam para o casamento
e pelos lares onde existe e cresce o amor,
oremos, irmãos.

(Outras intenções: todas as mães; jovens que casaram há um ano …).

Deus de amor e nosso Pai, ouvi a oração dos vossos filhos e fazei que o dom do Espírito Santo guarde em nós a memória sempre viva das palavras de Jesus aos seus discípulos. Por Cristo, nosso Senhor.

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