30 de janeiro de 2022 – 4º Domingo do Tempo Comum – Ano C

Pelo Baptismo, fomos enxertados no Corpo Místico de Jesus e participamos na Sua missão profética.  O Pai fala-nos por intermédio de Seu Filho Jesus Cristo, e Jesus quer falar a todas as pessoas por meio de cada um de nós.

Somos porta-vozes de Deus junto dos nossos irmãos, para dizermos tudo e só o que Ele quer, ajudando as pessoas a seguir o caminho do Céu.

 

Um povo de profetas

Vocação de profetas. «No tempo de Josias, rei de Judá, a palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: “Antes de te formar no ventre materno, Eu te escolhi; antes que saísses do seio de tua mãe, Eu te consagrei e te constituí profeta entre as nações.”»

O texto fala-nos da vocação de Jeremias à missão profética. Teve um papel muito importante nos tempos que precederam a partida dos israelitas o exílio de Babilónia e durante os primeiros deste. Sofreu muito, por causa da coragem com que anunciava a vontade de Deus.

Ontem, como hoje, as pessoas não gostam de ouvir verdades incómodas, que as obrigam a mudar. Preferem as «prurientes auribus», as que agradam aos ouvidos.

E, no entanto, se lhe tivessem dado ouvidos, teriam evitado o cativeiro de Babilónia que durou setenta anos. O que diz a verdade é o mais amigo das pessoas.

Os cristãos não são um grupo especial de cristãos. Cada um começa a sê-lo desde o Baptismo, ao tornar-se participante na tríplice missão de Cristo: Santificar — como Sacerdote —, Ensinar — como Profeta — e Governar — como Rei.

O profeta é o que fala, não das próprias ideias, mas em nome de outrem.

Mas como no AT o Enviado do Senhor anunciava acontecimentos futuros que só podiam ser conhecidos por Deus, para confirmar a autenticidade da sua missão, começamos a entender como profeta o que anuncia coisas futuras desconhecidas.

Deus quer actuar no mundo por meio das criaturas. Para combater a serpente infernal, elegeu uma Virgem e Mãe que lhe esmagará a cabeça, embora ela arme ciladas ao seu calcanhar.

Para chamar novos seres humanos à vida e à felicidade eterna, recorre ao ministério dos seus pais.

Para fazer chegar a Sua voz a todas as pessoas, instituiu-nos a todos, pelo Baptismo, Seus arautos e profetas.

Uma visão egoísta do cristianismo é pensar que cada um, se se preocupar com a sua salvação, já faz a vontade de Deus. É como se, numa família, alguém se convencesse de que a única coisa que tem a fazer a li é comer, sem se importar com os outros.

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