29 de novembro de 2020 – 1-º Domingo do Advento – Ano B

Começa hoje o novo Ano Litúrgico -Ano B. advento quer dizer a vinda, a chegada de alguém que se espera ansiosamente.

Como já dissemos, entrámos no Advento que é tempo de esperança, tempo de nos deixarmos interpelar pela ação do Espírito do Senhor. Tempo de cada um de nós tomar consciência de que devemos ser sinal de salvação num mundo dominado pelo mal, pelo pecado, onde parece que existe apenas o egoísmo, o orgulho, a revolta.

Isaías, na 1ª Leitura, mostra o que é o homem quando está longe de Deus. O Profeta sofre com esta situação, mas não desanima, confia na proteção do Senhor, que é certa.

Então, cheio de confiança, lembra a oração do povo escolhido que não deixava de implorar, com todo o ardor da sua alma, a vinda do Messias, a vinda do Salvador.

“Oh, se rasgásseis os céus e descêsseis! Vós, Senhor, sois nosso Pai e nosso Redentor!”

O Salmista, no canto da meditação, responde ao grito do Profeta, pedindo também ao Senhor que venha, porque só Ele pode trazer a salvação.

“Pastor de Israel, vinde salvar-nos! Senhor nosso Deus, fazei-nos voltar!”

A história diz-nos de que maneira foram escutadas estas súplicas e se cumpriu a promessa de Deus:

– Os céus rasgaram-se e o povo recebeu o seu Salvador, Jesus Cristo, o Senhor.

A súplica de Isaías é hoje bem atual. O Filho de Deus veio há dois mil anos e com a sua Paixão, Morte e Ressurreição salvou a humanidade pecadora.

Sabemos que Ele está no meio de nós e, apesar disso, encontramo-nos, tantas vezes em situações parecidas com as dos antigos que O não conheciam.

No meio das nossas fraquezas, das nossas infelicidades, dos nossos pecados, sentimo-nos tristes, abandonados e sem coragem.

Então porque não fazemos como o Profeta? Imploremos, supliquemos a Deus que esteja sempre connosco, que não esconda de nós o Seu rosto e seremos salvos.

O tempo do Advento é um convite à conversão, à esperança e é um estímulo para nos aproximarmos mais e mais do Senhor. São Paulo, na sua carta aos Coríntios, fala-nos de como Jesus Cristo se lhes manifestou, enriquecendo-os com todas as graças e dons, de maneira a se manterem fiéis até ao encontro com o Senhor.

Também nós fomos chamados a participar na vida do Filho de Deus. Incorporados n’Ele, como seus membros, recebemos todos os dons e graças para podermos caminhar, firmes na fé e nos mantermos irrepreensíveis até à manifestação gloriosa de Cristo.

Os dons de Deus não nos salvam de uma só vez para sempre, exigem combate contra as forças adersas e uma adesão profunda à Palavra de Deus e à Sua Igreja.  

A fidelidade de Deus está-nos assegurada. Não tenhamos medo.

O Evangelho deste 1º Domingo do Advento adverte-nos o seguinte:

Vigiar, estai alerta, porque não sabeis quando o Senhor virá.

Vigiar é acender a luz das boas obras, é caminhar na verdade e na justiça.

Este convite insiste que o Senhor nos faz, é porque nos ama. Não sabemos o dia nem a hora em que Ele chega. Ele já veio, Ele está no meio de nós, mas é preciso descobrir a Sua presença na vida dos homens e nos acontecimentos que surgem dia a dia.

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