29 de abril de 2018 – 5º Domingo da Páscoa – Ano B

A 1ª Leitura é retirada dos Atos dos Apóstolos e faz-nos sentir que, se nem sempre somos bem aceites, e podemos até suscitar desconfiança, não desanimemos por esse motivo. Tal como São Paulo, devemos falar com desassombro e procurar espalhar a Verdade. Saulo, que fora perseguidor dos cristãos e contra eles manifestava ódio, expresso em ameaças e morticínios, transformou-se radicalmente depois que o Senhor lhe apareceu quando ia a caminho de Damasco e o interpelou. Depois deste encontro, Saulo transformado em Paulo, tornou-se defensor e arauto da Boa Nova. Quis juntar-se aos discípulos de Jesus, mas estes olhavam-no com desconfiança e não o aceitavam por saberem do seu passado. Barnabé interferiu para ajudar e contou aos Apóstolos o que lhe acontecera. Paulo é aceite e anuncia então, desassombradamente, a Palavra de Deus, dando testemunho de Jesus com a sua vida a transbordar de zelo apostólico pelos irmãos que perseguia. Isto passou-se em Jerusalém, onde tentou alargar a sua pregação aos pagãos, mas estes ameaçaram-no de morte e Paulo foi então para Tarso, nada o detendo no seu esforço para o alargamento do Reino.
Na 2ª Leitura, extraída da 1ª Epístola de São João, este proclama a primazia do amor, afirmando que quem ama a Deus acolhe o irmão, atuando desinteressadamente a seu favor. A fé e o amor são inseparáveis na busca da verdade e exigem obras: «mais que dizer, importa fazer». Todos os bem-aventurados provam a veracidade desta afirmação: acreditaram e amaram.
O Evangelho preconiza nesta parábola da videira e dos sarmentos a união de cada um de nós com Deus. Foi escolhida para continuarmos a celebrar a Páscoa no nosso dia-a-dia, depois da vida nova trazida por Jesus Cristo ressuscitado. Esta união íntima leva-nos a entender o motivo porque a vara deve ser cortada e queimada, caso seja improdutiva. No Corpo de Cristo, que é a Igreja encabeçada por Ele próprio, não pode haver lugar para o pecado. Há sim pecadores, nós todos o somos, que têm de ser purificados das suas faltas, limpos para poderem fazer parte do Corpo Místico do Senhor que alimenta com a Sua graça (a seiva) todas as almas de boa vontade (as varas).
Cristo identifica-se com todos e cada um de nós. Quando Paulo perseguia os cristãos, o Senhor perguntou-lhe: «Porque me persegues?» A seiva da videira é, nesta imagem o Seu próprio sangue derramado por nós.
Depois da última Ceia, Jesus diz ser indispensável estarmos unidos a Ele para dar fruto: se «alguém permanece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto». Como podemos realizar essa união? Pela fidelidade na escuta da Palavra divina, pela oração e, principalmente, pela recepção dos sacramentos. Desta união resultará a prática de atos de justiça e de amor.

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