28 de julho de 2024 – 17º Domingo do Tempo Comum – Ano B

1.     Abris, Senhor, as vossas mãos e saciais a nossa fome.

 

E as Leituras da Missa de hoje, falam-nos desse “abrir as Mãos” do Senhor para saciar a nossa fome. O povo humilde de Israel passava mesmo fome, pois tinha apenas uma pobre refeição por dia. Por isso, sobretudo para eles, falar-lhes em comer era motivo de grande alegria e satisfação. A Sagrada Escritura tantas vezes o faz, chegando mesmo a comparar a felicidade do Céu com “um lauto banquete”.

As Leituras de hoje, falam-nos de dois milagres que têm em mente dar de comer a quem tem fome: o homem de Baal-Salisa, que traz vinte pães de cevada (era o pão dos pobres). E com esses vinte pães dá de comer a cem pessoas. Por sua vez no Evangelho, vemos Jesus com cinco pães e dois peixes a dar de comer a mais de cinco mil pessoas e no final ainda sobrarem doze cestos. É sem dúvida um milagre muito maior do que o de Eliseu. Tal fato procura mostrar também a grandeza do poder e do amor de Deus por nós.

 

2.     Como proceder para resolver as carências do nosso tempo.

 

Há algo de comum entre estes dois milagres: ambos se serviram de pães e de peixes trazidos por alguém que entregaram tudo quanto possuíam.

Na hora presente existem muitas carências no mundo. Há mesmo muita gente a morrer de fome. É caso para perguntar porque será que o Senhor não realiza agora milagres como os que as leituras da Missa de hoje nos narram? E a resposta é-nos dada mais uma vez por Nosso Senhor Jesus Cristo: “Procurai em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua Justiça e tudo o mais vos será dado por acréscimo”. O Senhor, que na Sua Providência tudo nos quer dar, nos prova com fatos, que quando sabemos dar prioridade ao Seu Reino de Amor e consequentemente formos generosos com os que precisam, Ele será sempre generosíssimo connosco. O homem de Baal-Salisa entregou os vinte pães que possuía e o rapazinho do Evangelho, fez o mesmo. No final, todos comeram com abundância e ainda sobraram doze cestos.

 

3.     Apelos à felicidade tão desejada, são apelos à santidade de vida.

 

S. Paulo, na Segunda Leitura da Missa de hoje, recomenda-nos que nos comportemos segundo a maneira de viver a que fomos chamados. E todos fomos chamados à felicidade, que o mesmo é dizer chamados à santidade, pois seremos tanto mais felizes quanto mais santos. Logo a santidade de cada um será tanto maior quanto maior for também o amor que colocarmos nas relações que tivermos com Deus e com os irmãos, isto é todos os outros. Foi esta revolução de Amor que Jesus veio trazer à Terra. Ela é a única capaz de transformar a sociedade, onde nada faltará. Como é importante compreender e viver esta lógica divina!

Vamos estar mais atentos a este chamamento, que a todos é dirigido. Sendo generosos na nossa atenção aos outros, teremos a alegria de experimentar como Deus, nosso Pai, abrirá as Suas Mãos e nos saciará, com Suas graças, não só para vivermos felizes estes sempre breves dias da vida, mas também a felicidade eterna no Céu, para o qual todos fomos criados. Se formos generosos com Deus, Ele será generosíssimo connosco.

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