26 de janeiro de 2020 – 3º Domingo do Tempo Comum- DOMINGO DA PALAVRA DE DEUS

Uma vez mais, neste domingo, o Senhor nos convida à conversão: «Arrependei-vos, pois o Reino de Deus está próximo». Este contínuo apelo do Senhor a uma mudança de vida, ao longo do Seu Evangelho, quer dizer que o homem que tanto sonha com o estabelecimento da paz e do amor, da justiça, e da liberdade, da igualdade e da fraternidade, só irá tornando realidade estes valores, no mundo que o cerca, na medida em que for convertido o seu coração ao verdadeiro Amor que é Cristo. O Redentor e Salvador de todos os homens. Está pois nas suas mãos a construção do Reino de Deus, aqui e agora.
– Só convertido, o homem é capaz de levantar bem alto a Luz de que nos falam os textos da liturgia de hoje e apresenta-la aos outros como a única luz capaz de nos conduzir da «sombria região da morte para a verdadeira vida».
– Só convertido, ele é capaz de conseguir a disponibilidade de Pedro e André, de Tiago e João para, como eles, largar as redes, o barco, a própria família, isto é, muito do que julgamos indispensável na vida, e seguir o Senhor. E se nem todos sentimos esta vocação, este chamamento tão radical, não há dúvida de que cada cristão, cada um de nós, membro da Igreja, porque Cristo nos quis associar à Sua obra redentora, é chamado também a prolongar a Sua missão na Terra. Que fazemos nós neste sentido?
A nossa palavra, porque Deus o quer, há-de ser Boa Nova; a nossa relação com os irmãos há-de ser presença de Cristo que estimule e conforte; a nossa vida deve traduzir um contínuo esforço de conversão. Só assim seremos luz de Cristo.
– Só convertidos, podemos estar unidos no mesmo pensar e no mesmo sentir de Cristo, construindo, a partir da verdadeira unidade de vida, a unidade da Igreja, conforme o Senhor sempre quis. Que fazemos nós neste sentido?
Criticamos e lamentamos, talvez, a falta de unidade entre os cristãos, sem repararmos que somos muitas vezes os primeiros a fomentar a desunião dentro da nossa própria comunidade, da nossa família, do nosso grupo de trabalho, no nosso grupo de amigos, talvez até, na nossa atividade apostólica. Identificando-nos com Jesus na vida familiar, na rua, no trabalho, nas horas de dor e nas de alegria, vivendo unidos a Ele no dia-a-dia, nós estamos a construir e a ser a Igreja de Jesus Cristo.