25 de fevereiro de 2018 – 2º Domingo da Quaresma – Ano B

Leitura do Livro do Génesis

Naqueles dias, Deus quis pôr à prova Abraão e chamou-o: «Abraão!» Ele respondeu: «Aqui estou».
Deus disse: «Toma o teu filho, o teu único filho, a quem tanto amas, Isaac, e vai à terra de Moriá, onde o oferecerás em holocausto, num dos montes que Eu te indicar. Quando chegaram ao local designado por Deus, Abraão levantou um altar e colocou a lenha sobre ele. Depois, estendendo mão, puxou do cutelo para degolar o filho. Mas o Anjo do Senhor gritou-lhe do alto do Céu «Abraão, Abraão! «Aqui estou, Senhor», respondeu ele. O Anjo prosseguiu: «Não levantes a mão contra o menino, não lhe faças mal algum. Agora sei que na verdade temes a Deus, uma vez que não Me recusaste o teu filho, o teu único filho» Abraão ergueu os olhos e viu atrás de si um carneiro, preso pelos chifres num silvado. Foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto, em vez do filho. O Anjo do Senhor chamou Abraão do Céu pela segunda vez e disse-lhe: «Por Mim próprio te juro – oráculo do Senhor – já que assim procedeste e não Me recusaste o teu filho, o teu único filho,
abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar, e a tua descendência conquistará as portas das cidades inimigas. Porque obedeceste à minha voz, na tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra».

Palavra do Senhor.

RESPONSORIAL – Salmo 115 (116)

Refrão 1: Andarei na presença do Senhor
sobre a terra dos vivos.

Refrão 2: Caminharei na terra dos vivos
na presença do Senhor.

Confiei no Senhor, mesmo quando disse:
«Sou um homem de todo infeliz».
É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.

Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva:
quebrastes as minhas cadeias.
Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome.

Cumprirei as minhas promessas ao Senhor
na presença de todo o povo,
nos átrios da casa do Senhor,
dentro dos teus muros, Jerusalém.

LEITURA II – Rom 8,31b-34

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos

Irmãos: Se Deus está por nós, quem estará contra nós? Deus, que não poupou o seu próprio Filho,
mas O entregou à morte por todos nós, como não havia de nos dar, com Ele, todas as coisas?
Quem acusará os eleitos de Deus? Deus, que os justifica? E quem os condenará? Cristo Jesus, que morreu, e mais ainda, que ressuscitou e que está à direita de Deus e intercede por nós?

Palavra do Senhor.

EVANGELHO – Mc 9,2-10

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e subiu só com eles para um lugar retirado num alto monte e transfigurou-Se diante deles. As suas vestes tornaram-se resplandecentes,
de tal brancura que nenhum lavadeiro sobre a terra as poderia assim branquear. Apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: «Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés, outra para Elias». Não sabia o que dizia, pois estavam atemorizados. Veio então uma nuvem que os cobriu com a sua sombra e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado: escutai-O».
De repente, olhando em redor, não viram mais ninguém, a não ser Jesus, sozinho com eles.
Ao descerem do monte, Jesus ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto,
enquanto o Filho do homem não ressuscitasse dos mortos. Eles guardaram a recomendação,
mas perguntavam entre si o que seria ressuscitar dos mortos.

Palavra da Salvação.

 

REFLEXÃO

Tal como muitos outros acontecimentos da vida de Jesus – como o batismo ou os milagres que fazia – a transfiguração que São Marcos nos relata, no seu Evangelho, é mais uma manifestação de Deus aos homens.
No entanto em que se avizinha a paixão de Jesus, Ele quer preparar os discípulos para esse momento doloroso e difícil, que terão de suportar. Quer prepará-los, revelando a Sua glória até então escondida sob aparências humanas, até mesmo aos olhos dos seus amigos que mais de perto O seguiam.
Jesus sabia que era preciso fazê-los compreender quem era – não o rei ou chefe político, como muitos ainda pensavam, que havia de libertar o povo do domínio romano – mas aquele que apenas quer reinar no coração de cada homem e lhe vem revelar o Deus-amor, em toda a Sua glória.
Depois da ressurreição de Jesus, os discípulos e as comunidades dos crentes, haviam de compreender, na fé, o verdadeiro sentido da transfiguração, e de encontrar nela conforto e estímulo para se manterem fiéis ao Deus criador e Salvador.
É este mesmo Deus que concede a Seu Filho, Jesus, aparecer aos três discípulos transfigurado, isto é, com uma aparência diferente que pudesse ser vista pelo seu olhar humano como sinal da glória que partilha com o Pai, na união íntima e plena que com Ele vive desde sempre. “Este é o meu Filho muito amado; escutai-O” – é uma afirmação clara, que os discípulos não podiam deixar de entender, logo seguida de um pedido, uma exortação: “escutai-O”. Porque o que Jesus tem para nos dizer é Palavra que dá vida, porque a todos transforma e humaniza; é palavra de salvação, para aqueles que a escutam e a deixam atuar através de si.
Procuremos hoje, ler o acontecimento da transfiguração à luz da fé. Deus, que impediu o sacrifício de Abraão, disposto a oferecer-lhe o seu filho único, concebido já numa idade avançada, permite o sofrimento e a morte do Seu próprio Filho, Jesus. Não O poupa, apesar de O amar infinitamente. A transfiguração é um sinal visível desse amor que se revela na comunhão de vida, na partilha da glória, entre o Pai e o Filho. O que Deus quer dizer-nos é que o sofrimento e a morte – para nós sempre um mistério – são, para cada um de nós, a condição para alcançar a glória e a ressurreição, do mesmo modo que o foram para Jesus. A dor não tem, na nossa vida, a última palavra; porque a certeza da ressurreição lhe dá um sentido novo e a transforma num sinal positivo no caminho da felicidade plena que, no Pai, nos espera.

ORAÇÃO UNIVERSAL

Quando não se faz o primeiro escrutínio dos catecúmenos

Irmãos e irmãs em Cristo: Adoremos a Deus, com toda a nossa alma, e oremos, com os outros cristãos, pela Igreja, pelo mundo e por nós próprios, dizendo (ou: cantando), com alegria:

R. Kýrie, eléison.
Ou: Renovai-nos, Senhor, com a vossa graça.
Ou: Salvador do mundo, salvai-nos.

1. Pela santa Igreja, pelo Papa N. e pelos bispos,
para que falem de Cristo, o Salvador crucificado,
e anunciem a redenção que vem da Cruz,
oremos, irmãos.

2. Pelos servidores da paz e da justiça,
para que sejam honestos, imparciais e verdadeiros
e trabalhem pelo bem dos cidadãos,
oremos, irmãos.

3. Pelos cristãos do mundo inteiro e pelos Judeus,
para que adorem de coração sincero ao Deus único
e façam dos mandamentos a sua lei,
oremos, irmãos.

4. Pelos homens e mulheres de toda a terra,
para que não matem, não roubem e não mintam,
honrem os pais, amem o próximo e sejam justos,
oremos, irmãos.

5. Por todos nós e pela nossa comunidade (paroquial),
para que a atitude que Jesus tomou no templo
nos recorde que a casa de Deus é de oração,
oremos, irmãos.

(Outras intenções: Cáritas nacional e diocesana; crianças que têm fome …).

Senhor, nosso Deus, que nos reunistes nesta casa da Igreja para escutar e acolher a vossa palavra,
fazei de nós pedras vivas do templo novo que é o vosso Filho. Ele que vive e reina por todos os séculos dos séculos.

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