25 de dezembro de 2021 – Solenidade do Natal do Senhor

Hoje nasceu o nosso Salvador, Jesus Cristo Senhor!

Na Missa da Vigília foi lido o Evangelho da genealogia de São Mateus para recordarmos que Jesus veio inserir-se na nossa História humana. Na Missa da meia-noite celebrámos o cumprimento das promessas feitas por Deus: Os profetas anunciaram que o Salvador havia de nascer da Virgem Maria, em Belém de Judá. O Anjo do Senhor disse aos pastores: “Não temais. Anuncio-vos uma grande alegria. Hoje, na cidade de David, nasceu o Salvador, Jesus Cristo Senhor!” A Liturgia da Palavra da Missa da Aurora descreveu-nos a resposta imediata dos pastores. Depois do anúncio do Anjo, “Os pastores vieram a toda à pressa a Belém e encontraram Maria, José e o Menino, deitado na manjedoura.” A Missa do Dia revela-nos a identidade de Jesus. Ele é “O Verbo eterno que encarnou e veio habitar entre nós.” Assumiu a nossa humanidade para nos tornar participantes da sua divindade: “Venite, adoremus Dominum.”

 

 

No princípio era o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus.

“Deus amou-nos e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.” (I Jo 4, 10). Esta é a verdade fundamental, que a Igreja, desde o seu início até hoje, nos transmite com alegria, em cada celebração do Natal: Por nós homens e para nossa salvação, Jesus desceu dos céus, encarnou no seio da Virgem Maria e se fez homem. Jesus é a manifestação visível do amor do Pai.

O Autor da carta aos Hebreus revela-nos Jesus como “o esplendor da glória do Pai, a imagem da Sua substância, que tudo sustenta com a sua palavra poderosa” [1]. Jesus é a Palavra do Pai, mais reveladora do que a de todos os profetas. Jesus é a imagem do Pai, por quem tudo foi feito e “sem Ele nada se fez.” Com todos os Anjos nós O adoramos. Com simplicidade contemplemos este grande mistério da Encarnação. O nascimento de Jesus, segundo a carne, assinala a “plenitude dos tempos, em que Deus envia o seu Filho, nascido de Maria, para nos libertar da escravidão da Lei e nos tornar seus filhos adoptivos” (Gal 4,4-5). Desde o pecado dos nossos primeiros pais, a humanidade ficou esperando a chegada do Salvador. Ao longo dos séculos, “ muitas vezes e de muitos modos” Deus foi preparando, através dos profetas, a vinda ao nosso mundo de seu Filho Unigénito. O Apóstolo S. João explica-nos este mistério da Encarnação: No princípio era o Verbo; o Verbo estava em Deus e o Verbo era Deus. E o Verbo fez-se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, a glória que lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e de verdade.

A Igreja celebra o Nascimento do Deus Menino. O Filho de Deus veio habitar entre nós. O Verbo eterno entra na nossa história temporal. Sem deixar de ser Deus, torna-se homem, “em tudo igual a nós excepto no pecado” (Heb 4,15). Por isso, queremos recebe-Lo festivamente! Não nos cansemos de contemplar, maravilhados, o Deus Menino deitado na manjedoura! Verdadeiro Deus, porque o Verbo era Deus, gerado pelo Pai antes de todos os tempos. Verdadeiro homem, gerado pelo Espírito Santo no seio de Maria, porque o Verbo fez-se carne e habitou entre nós! Assumiu a nossa humanidade sem deixar a sua divindade. Veio à terra para nos devolver a condição de filhos de Deus, que nos criou à sus imagem e semelhança. Acolhamos a salvação que nos é oferecida pois, a quantos o receberam e acreditaram no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. “Caríssimos, vede que admirável amor o Pai nos consagrou em nos chamar filhos de Deus; e somo-lo de facto! Caríssimos, agora somos filhos de Deus.”[2] Esta é nossa máxima dignidade, a filiação divina. Esta é a verdadeira alegria do Natal. Contemplemos este mistério inefável: «O Filho de Deus fez-se filho do homem para que os filhos dos homens se tornassem filhos de Deus! Ele é o Filho de Deus por natureza, nós somos filhos adoptivos.”[3].

https://www.youtube.com/watch?v=UHcGGjqAuJY

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