22 de agosto de 2017 – VIRGEM SANTA MARIA RAINHA

A Igreja celebra hoje a festa de Nossa Senhora Rainha. Aquela que seguiu de perto o Seu Filho Jesus Cristo, assumiu, pelo constante e visível testemunho, um estilo de serviço, amor e entrega.
Rainha que nos leva a compreender que todas as suas capacidades e todos os seus dons são colocados inteiramente em benefício e serviço do Povo de Deus.
Como reza a Ladainha, tantos são os seus sinais da sua realeza: Rainha da Paz, Rainha da Família… E essa multifacetada realeza faz-nos gozar a Sua presença, protecção e estímulo a uma vida de entrega a Cristo e aos irmãos.

«O Povo que andava nas trevas viu uma grande luz».
Numa azáfama incrível que devora as energias, divide fileiras, dispersa talentos, bloqueia a acção simples e eficaz de Deus, esgotam-se os líderes e as massas.
É quase a tentação de se forjar um «exército” forte à maneira das máquinas e empresas do mundo: «Jugo que pesa; madeiro sobre ombros; bastão do opressor; calçado ruidoso de guerra; veste manchada de sangue».
Nesta lógica da «força, do poder, da carreira» se despreza e se sente vergonha do frágil, do pequeno e do simples.
Os sinais que Deus nos oferece são um menino que nasce para nós. Havemos de voltar à simplicidade, à paz, à inocência. Havemos de beber do Espírito Santo que permite descobrir a Maravilha do Nosso querido Deus no rosto sorridente de Seu Filho a pedir-nos o nosso sorriso, expressão de amor. Nesta lógica, a de Deus, podemos ser luz eficaz para o mundo actual.
Sem Cristo, Menino que nasce para nós, tudo, segundo Paulo, foi considerado lixo.

«(…) Para o fazer sentar com os grandes (…)».
Nos sinais de Deus, hoje, há um apelo a acreditar na força transformadora dos pequeninos. Os pequeninos são hoje preteridos ou perseguidos em todos os campos.
Só Deus sabe a força renovadora que os pequeninos possuem. Esses pequeninos que oram, se sacrificam, amam, adoram e esperam, como crianças! E não se deixam enganar por uma «máquina pesada» de esquemas, sem vida, sem amor, sem profetismo. Eles proclamam simplesmente que não são os esquemas, «as máquinas» e a mera reflexão que salva, mas Cristo tocado, visto, escutado e partilhado, que salva.
Importa sempre voltar à conversão, a um esforço por dizer não ao pecado. Importa voltar à espiritualidade fecunda de Cristo. Importa acreditar no Espírito Santo que faz sentar os pequenos com os grandes do seu povo.
Importa colocar Maria como referência do serviço e do discipulado.

«(…) faça-se em mim segundo a tua palavra».
Nossa Senhora inicia o seu papel de Rainha nesta disponibilidade e entrega, neste sim total e incondicional.
Ainda hoje este seu sim é muito fecundo. Na Igreja e no Mundo a sua fecundidade é de tal ordem que por Ela multidões de homens e mulheres se aproximam de Deus. Multidão de religiosos(as), sacerdotes e leigos encontram referência e ajuda para amar e servir a Deus e aos irmãos.
Na nossa vida pastoral concreta, Maria de Nazaré, continua com enorme eficácia. Ela trabalha imenso! A força do seu sim e da Sua maternidade fecundíssima é bem notória.
Também Maria de Nazaré espera de nós e da Igreja a disponibilidade e o serviço.
Que ecoe dentro de nós e da Igreja o convite feito em Fátima: conversão, oração, penitência. Assim o Seu Coração Imaculado triunfará. E deixemos os pequenos sentarem-se entre os grandes do seu povo! Para que aportem a simplicidade e a humildade tão necessária, hoje! E sinal fecundo da presença de Deus em ambiente fraternal!

 

Só Cristo é verdadeira Luz.
Ele derruba o mundo orgulhoso e soberbo que teima em construir-se à margem de Deus e que projecta trevas, escravidão, opressão, guerra.
Aceitando o reino de Deus como uma criança, na simplicidade e na pequenez, como fez Maria de Nazaré, permitiremos que esse reino fecunde em todos os ambientes.

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